sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Bando é preso por extorsão

No AMAZÔNIA:

Cinco pessoas foram presas em flagrante extorquindo dinheiro de um empresário ontem de manhã, na Nova Marambaia. Entre os acusados estão dois policiais, um civil e um militar. Segundo a vítima, Raimundo Nonato Coutinho Carvalho, o bando exigia dinheiro por conta de uma dívida com um cunhado de um dos integrantes do grupo criminoso. A prisão dos acusados foi realizada em operação comandada pela delegada Márcia Contente Barbosa, da Delegacia de Crimes Funcionais (Decrif), da Corregedoria Geral de Polícia.
Estão presos o investigador Dirceu dos Santos Brasil, que responde a procedimento administrativo por ameaça na Polícia Civil; Odivaldo da Silva Cardoso, o 'Vaca', ex-investigador, exonerado na última segunda-feira, dia 4, por participar de uma quadrilha de roubo de veículos com mais três policiais civis descoberta há dois anos; José Ubirajara Santana Modesto, que se apresentava nas extorsões como chefe de operações da Seccional da Cidade Nova; o ex-PM Raimundo Ricardo Carlos Souza, excluído da corporação quando ainda era aluno; e o soldado PM Wilton Carlos Paes Andrade.
O empresário Raimundo Nonato contou que comprou, financiado, um Celta do cunhado de José Ubirajara há dois meses. Contudo, não pagou duas prestações do veículo, sendo que o ex-proprietário quitou o débito, no valor de R$ 1.040,00, já que os documentos do Celta ainda estavam no nome dele. O empresário se comprometeu em ressarcir o dinheiro somente no dia 1º deste mês. Contudo, o ex-proprietário resolveu solicitar o apoio de José Ubirajara e demais parceiros para conseguir o dinheiro de volta antecipadamente.
Na noite de 30 de julho, Raimundo Nonato teve o seu carro fechado na rua Cospará, no Coqueiro, por um Palio prata. O quinteto tomou dele R$ 300 afirmando que possuía um mandado de prisão preventiva decretado contra o empresário, dono de cinco casas noturnas na Grande Belém. O empresário esteve preso há sete anos em uma penitenciária por 3 anos e 6 meses, acusado de tráfico de drogas, formação de quadrilha e prática de assaltos.
Na segunda abordagem feita pelos acusados, ocorrida no dia 2 de agosto, em frente ao estádio do Mangueirão, Raimundo Nonato novamente pagou mais R$ 1,7 mil ao grupo. 'Se eu não desse dinheiro para eles, não viveria em paz e deveria pensar na minha família. Disseram que tinham uma preventiva contra mim e voltaria para a cadeia. Eles não me davam nem chance de ir à delegacia para ver se era verdade porque só viviam me seguindo', relatou a vítima.
Na última terça-feira, dia 5, o empresário deu mais R$ 1,2 mil aos cinco homens em uma padaria localizada na rodovia Augusto Montenegro. Outro encontro foi marcado para ontem de manhã na mesma padaria, só que Raimundo Nonato já havia formalizado denúncia na Decrif, entregando inclusive uma gravação de um dos telefonemas ameaçadores feitos pelo grupo, registrado em seu celular.

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