quinta-feira, 2 de junho de 2022

O espanto, o horror: o autor de um crime, sancionado por tribunal superior, fica de novo livre para cometer outros crimes

Fernando Francischini: mentiroso uma vez, mentiroso mil vezes. Agora, com
a chancela de um ministro do Supremo Tribunal Federal

É um espanto, para dizer o mínimo, a liminar do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao suspender nesta quinta-feira (2) a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou o deputado estadual do Paraná Fernando Francischini, do União Brasil, por ter propagado "fake news" contra o sistema eleitoral.

Em outubro, o TSE decidiu, por 6 votos a 1, cassar o mandato de Francischini por propagação de informações falsas sobre o sistema de votação. Esta foi a primeira vez que o tribunal tomou decisão relacionada a político que fez ataque às urnas eletrônicas.

Há pouco, Francischini, esse mentiroso, exibiu-se na emissora bolsonarista Jovem Pan News para dizer que a liberdade de expressão foi restaurada e que o TSE jamais poderia ter cassado o seu mandato, porque, dizendo ele, não é crime emitir opinião.

Sim. Não é crime emitir opinião.

O crime é divulgar - afrontosamente, ousadamente, escandalosamente - mentiras como as que ele propagou, tentando desacreditar o sistema eleitoral, no caso as urnas eletrônicas.

As mesmas eletrônicas que já registraram votos para Francischini renovar mandatos políticos.

E assim caminhamos.

Caminhamos no atoleiro em que transitam, serenos e altaneiros, fanáticos bolsonaristas de todos os matizes, divulgando mentiras e desacreditando a democracia que eles dizem defender.

Pra frente, Pátria amada, Brasil!

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