sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Simão Jatene convoca o "pacto pelo povo"

O governador eleito, Simão Jatene (PSDB), convocou todas os paraenses a fazerem um pacto que poderá contribuir para a redução das desigualades.
"Urge fazermos um verdadeiro pacto. Um pacto pela política em termos elevados, em que, das divergências partidárias, dos debates ideológicos, nasçam iniciativas pelo bem-estar do cidadão. Pela redução das desigualdades sociais. Pela qualidade de vida. Pela sustentabilidade. Pelo Pará. Pelo Brasil. Um pacto pelo povo", disse Jatene, ao se pronunciar na cerimônida de diplomação no Hangar, na noite desta sexta-feria.
Jatene reconheceu que é preciso "recuperar a credibilidade dos políticos e da própria política" e conclamou todos os paranentes, inclusive os partidos políticos de oposição, a se empenharem pela construção de um novo Pará.
A seguir, os principais trechos do discurso do governador eleito.

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* Homem criado no interior desse país que se chama Pará, sou capaz de avaliar o esforço da Justiça Eleitoral e a dedicação de todo o corpo funcional do Tribunal, para a realização das eleições. A todos, o nosso reconhecimento e agradecimento.

* Fomos todos eleitos pelo povo paraense para, em seu nome, realizar a enorme tarefa de construir e resgatar esperanças de melhores dias e futuro melhor. Enorme e bela missão a qual não nos é dada a opção de falhar, mas somente a de, a todo custo, executá-la e vencê-la.
Senhoras e senhores, nada é mais honroso do que, numa democracia, cumprir um mandato eletivo, pois ele corporifica o desejo,vontade e confiança de uma população. Expressa a crença da nossa gente no nosso compromisso, capacidade e disposição de trabalhar pelo bem comum.
Por tudo isso, devemos ser, na melhor acepção do termo, servidores públicos, talvez os de maior responsabilidade para com a comunidade, porque dotados de um poder que nos foi delegado por operários e empresários, ricos e pobres, gente sofisticada e gente simples, jovens e idosos, enfim, paraenses, brasileiros que foram as ruas, foram as urnas. Alguns, talvez, até desencantados, cumprindo quase uma obrigação; mas certamente a esmagadora maioria com os corações e mentes cheios de esperanças e sonhos. Esperança de poder viver numa sociedade mais justa e fraterna, sonho de uma vida melhor.

* E nesse aspecto não posso me furtar de dizer que na agenda que a sociedade legitimamente nos exige, urge recuperar a credibilidade dos políticos e da própria política. Mais do que nunca faz-se necessário exaltar o “saber cívico”, que coloca todas as formas de saber e conhecimento a serviço da sociedade, exorcisando o “saber cínico” que procura conhecer as mazelas sociais para tirar proveito delas.

* Urge fazermos um verdadeiro pacto. Um pacto pela política em termos elevados, em que, das divergências partidárias, dos debates ideológicos, nasçam iniciativas pelo bem-estar do cidadão. Pela redução das desigualdades sociais. Pela qualidade de vida. Pela sustentabilidade. Pelo Pará. Pelo Brasil. Um pacto pelo povo.

* Antes e durante a campanha, cruzei novamente o estado diversas vezes. E, senhores, o que se vê nessas andanças é a reafirmação da realidade bruta da luta cotidiana de um povo valente, mas sofrido. Defrontar-se com os sonhos e esperanças desse povo é por à prova a nossa razão e o nosso coração. É desafiar a nossa capacidade de pensar e executar políticas públicas; de nos superar, de fazer sempre e mais. Por mais que saiamos de um mandato com a sensação do dever cumprido, no fundo sabemos que o desafio de transformar o Pará é muito maior do que as nossas possibilidades individuais. Só a união permanente e duradoura, persistindo no meio das nossas diferenças, é que levará a um resultado igualmente permanente e duradouro.

* A história não para. Os problemas são muitos mas as possibilidades também, e a escolha de quem será vitorioso nessa permanente batalha depende de cada um e de todos nós. Há muitos desafios a vencer, a requerer a união das classes políticas, dos trabalhadores, dos empresários, dos estudantes, enfim, de toda a sociedade.

* O Pará é o maior Estado da Amazônia em população, e talvez o maior em riquezas naturais, em cultura, em história. O Pará tem um povo orgulhoso dos seus valores, ele próprio valoroso e trabalhador. O Pará merece realizar o seu destino de grande estado, com justiça social e respeito à natureza. A maior lição que o paraense pode dar ao mundo é conciliar crescimento com preservação, é usar a terra em favor e a favor da vida.

* Uma campanha nos ensina muitas coisas. A principal é que os compromissos firmados com a população são sagrados. Não, não se trata de frase para uso eleitoral. É a mais pura verdade e, a cada eleição, uma verdade que se consolida. Porque essa é a beleza da democracia. A cada voto que dá, o eleitor avança mais no aprendizado de que é ele, e só ele, que tem o verdadeiro poder.

* Cabe a nós radicalizar a democracia, aprofundar a educação, alargar a participação popular.
A experiência de governar e legislar também é um constante aprendizado. Aprendemos a ver além de nossas paredes, a ver o Pará como um mundo. Aprendemos que há um vencedor em cada paraense. E que ele se fortalece quando é valorizado, quando tem oportunidade. Todo mundo quer ser valorizado, ser considerado, respeitado, e ter a oportunidade para lutar e vencer. E o paraense está pronto para lutar junto e vencer.

* Neste ato de diplomação, portanto, quero reiterar meu compromisso com o povo paraense, firmado em campanha e em minha vida pública, e quero convidar a todos os eleitos, do meu partido, dos partidos aliados e dos partidos de oposição, a exercermos o poder a nós confiado pelo povo para construir o Pará que está nos corações e mentes de cada morador deste grande e belo estado. Um Pará mais feliz. Que Deus nos ilumine.

10 comentários:

Anônimo disse...

Muuuuuuuuuuuuuito bem go-ver-na-dor!
Assim se fala.

Anônimo disse...

O Repórter Diário de 19.12.2010 noticiou que Vilmos Grunvald assumirá a Cosanpa. Para quem não sabe, este foi o Diretor da Celpa que estruturou todo o processo de privatização da empresa de energia, no Governo Almir.
Como poderia então ser ele o escolhido, se Jatene prometeu em campanha que não privatizaria a Cosanpa?
Como ele poderia comandar o pacto que Jatene tanto fala no âmbito da Cosanpa quando o mesmo tem antigas, inúmeras e intransponíveis divergências com o Sindicato dos Urbanitários que representa a categoria.

Anônimo disse...

Que o nosso querido governador consiga atender a todos os anseios do povo paraense.

Anônimo disse...

Poster, por favor, troca esse PMDB do parêntese, depois do nome do Jatene. Rssss....

Poster disse...

Grato, Anônimo.
Está trocado.
Abs.

Anônimo disse...

Chamem o pescador pra começar o pacto pelo Pará, pela guerra deflagrada pelos dois grupos da imprensa paraense.rsrsrsrsrsr

Anônimo disse...

Luta boa vai ser a dos que defendem a COSANPA como empresa pública, liderados pela oposição ferrenha do PT e do PSOL, que agora encontraram uma bandeira para defender, contra a intenção privatista, que representa a indicação de Wilmos Grunvaldi para presidência da COSANPA.

Quais serão os impactos desse possível, mas improvável, pacto?

Anônimo disse...

Vilmos Grunvald vai pagar todos os seus pecados passados e futuros até a morte ao assumir a Presidencia da COSANPA. Aqui se faz, aqui se paga. Jatene não poderia dar a ele um pior castigo. Bem feito! Como diria o Pinduca na marchinha do Flexa Ribeiro: TOMA-TE!

Cássio disse...

O poster não errou quanto à filiação partidária do Governador. Foi, digamos, força do hábito: pensou no passado, mirando no futuro...

Anônimo disse...

Cadê a renovação tão prometida pelo Jatene? Esse discurso do Jatene está parece o fundo musical da Voz do Brasil. Quer fazer pacto com esse secretariado? Pacto com a sociedade? Não trata de te acertar com a Dilma.