Moara Brasil pintada de índio: fantasia e realidade inspiradas pela flora e fauna da Amazônia |
A artista pintando durante o Art Battle Brasil, em São Paulo |
Moara chegou a cursar Direito por três anos e Filosofia por dois. Desistiu de ambos para estudar Comunicação Social na UFPA. Em 2003, abriu um brechó com a amiga Lorena Cirino e começou sua experiência com tintas e pincéis, customizando roupas de brechó e de amigos. Criaram a marca Loramoara e foram chamadas para expor em um Festival da TV Cultura no mesmo ano e também no concurso Criando Moda Iguatemi, no qual conquistaram o segundo lugar.
Quando se formou, em 2009, foi para São Paulo. No ano seguinte, fez um curso técnico de Moda no Senai e participou de um concurso de novos talentos, ganhando em primeiro lugar com a coleção “O Miriti”.
No ano passado, Moara, que é filha do santareno Dornélio Silva, diretor da Doxa Pesquisa em Comunicação, passou a estudar profundamente ilustração e arte na escola Sala ilustrada com a professora Catarina Gushiken, se formou agora em 2014 e já está se preparando para uma exposição individual no primeiro semestre de 2015.
"Sempre busco expressar a fantasia e a realidade da fauna e flora da Amazônia. Animais exóticos, flores fantásticas e cores deslumbrantes despertam a minha criatividade. Transito entre o real e o imaginário. Ter nascido e vivido no coração da Amazônia, em Belém do Pará, foi para mim como receber uma dádiva. Então me inspiro na minha terra e nas minhas raízes. Atualmente estou fazendo estudos sobre minhas raízes indígenas, tenho uma família muito mista. Por parte de mãe, meu avô teve uma mãe bem indígena que se envolveu com judeus espanhóis e tenho uma raiz indígena da região de Abaetetuba. Por parte do meu pai também tenho raízes muito fortes, mistura de português com índios da região do Tapajós. Minha família de lá eram bem ribeirinhas e bem humildes. Esta vontade de buscar minhas raízes me fez procurar materiais de fotógrafos como o projeto “Xingu” dos irmãos Villas-Boas. Porém, quero ir mais além e captar o meu olhar através de estudos em carvão, pretendo visitar tribos da região do Tapajós e de Tomé-Açu e estudar o nu artístico indígena, que acredito que não foi muito explorado por grandes pintores do mundo", diz Moara.
Um comentário:
Belos trabalhos e bela autora.
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