segunda-feira, 1 de julho de 2013

Sim, é a Dilma. Mas é só ela?



Que coisa impressionante, hein, meus caros?
Que coisa!
É impressionante que, em três semanas, a avaliação positiva do governo Dilma Rousseff tenha sido corroída em nada mais, nada menos do que 27 pontos.
O poster até brincou com algumas pessoas dizendo que, a continuar nessa toada, nas próximas três semanas a presidente já estará, tipo assim, devendo popularidade, uma vez que, atualmente, seu governo só tem avaliação positiva de 30%, bem abaixo dos 65% que tinha em março (vejam acima, no infográfico da Folha Online).
Agora, com todo o respeito, mais impressionante do que isso é muitos, para não dizer muitíssimos, imaginarem que a presidente da República é a única mal avaliada, neste momento.
É impressionante como lideranças partidárias pelo país afora apontam o dedo para dona Dilma e chegam muito próximos de dizer o seguinte: "É ela. Foi ela".
Sabem quando éramos crianças, e que virávamos o pau com o irmão menor, por trás dos mais velhos?
Quando nos flagravam, cada um apontava o dedo para o outro e dizia: "Foi ele. Foi ele que começou".
Pois é.
É assim mesmo agora.
Foi ela.
Sim, foi ela.
Mas foi apenas ela?
Convém baixar a bola.
Baixando a bola, digamos o seguinte: todos os prefeitos deste país, todos, sem exceção, e todos os governadores, também todos, sem qualquer exceção, devem estar, neste momento, com a popularidade ao rés do chão, na sarjeta; se é que já romperam o subsolo e foram para bem mais abaixo.
Se o Datafolha tivesse estrutura para pesquisar, um por um, nos mais de 5 mil municípios brasileiros, detectaria facilmente que a avaliação positiva de prefeitos e governadores sofreu um baque violento depois das manifestações de rua.
Porque é fato que a rejeição das ruas não é apenas e tão somente contra o governo Dilma.
É contra qualquer governo.
Contra governos petistas, tucanos, democratas, do PSD, quaisquer que sejam.
Portanto, não se enganem: assim como o gigante, então adormecido em berço esplêndido, despertou com a gritaria e os protestos que multidões protagonizam nas ruas, da mesma forma é bom que a classe política, toda ela, levante-se do berço esplêndido de suas avaliações equivocadas e passionais e desperte para o fato de que precisa pensar mais no país.
Ou não?

Um comentário:

Anônimo disse...

Caíram em suas próprias realidades!
Mas daqui em diante serão mais 10 milhões de bolsas-da-vida para garantir a reeleição. Ou a eleição do molusco.