sexta-feira, 17 de maio de 2013

MPF desmente prefeitura sobre compra de hospital


Ao contrário do que diz nota no site da Prefeitura de Belém, existem vários requisitos em aberto, que devem ser respondidos antes de qualquer decisão
O Ministério Público Federal esclarece que, ao contrário do que foi publicado no site da Prefeitura de Belém no último dia 10 de maio, não houve nenhuma decisão do MPF em favor ou contra a aquisição do Hospital Porto Dias pelo município.
Na nota, a prefeitura diz que os “Conselhos Regionais de Medicina, Enfermagem e Odontologia, MP Estadual e Federal e sociedade civil organizada aprovaram a aquisição do prédio do hospital Porto Dias pela prefeitura de Belém, para a instalação do novo Pronto Socorro da cidade”.
Não houve aprovação por parte do MPF. O Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Alan Rogério Mansur Silva, apenas participou de reunião com o prefeito e outras instituições para debater a proposta.
Durante a reunião, no último dia 9 de maio, o MPF apresentou uma série de questionamentos e requisitos que entende deverão ser respondidos pela prefeitura antes de qualquer decisão sobre a aquisição do hospital. Abaixo, todos os questionamentos feitos pelo MPF.

Sobre o valor do hospital
* Comparativo com o valor por metro quadrado em outras casas de saúde, como a das obras da Santa Casa de Misericórdia, a da aquisição do Hospital Jean Bittar, a obra da ala pediátrica do Hospital Ophir Loyola
* Considerar o valor médio calculado pelo SINAP – padrão Administração Pública;
* Considerar o valor detalhado dos equipamentos, considerando sua deterioração (negativo) e o fato de já estar instalados (positivo). Verificar a real condição de cada equipamento;

Sobre alternativas
* Houve buscas de outros Hospitais/Casas de Saúde já prontas, alternativas à compra?

Sobre os equipamentos
* Considerar condições atuais de uso;
* Considerar contratos de manutenção;
* Considerar garantias dos equipamentos

Sobre a localização
* Adequação da localização do Porto Dias como um Pronto-Socorro Municipal –considerar trânsito da * Almirante Barroso, BRT e entorno. Há ou haverá estudo de tráfego?

Sobre a demanda
* Há estudo da demanda atual do PSM?
* A quantidade de leitos a mais estará de acordo com a necessidade?
* A aquisição do Porto Dias irá ao encontro da necessidade atual e futura, considerando alguns anos?

Outras questões fundamentais
* Eventual compra do Hospital Porto Dias inviabilizará a construção de outro PSM em Belém?
* Houve análise de possibilidade de arrendamento pelo Município do Hospital Porto Dias ou outro Hospital, enquanto se constrói um prédio, em definitivo?
* Qual será o destino do prédio do Pronto-Socorro da 14 de março, considerando os investimentos feitos no local? É possível adequação no prédio?
* Houve análise de eventual compra pelo Conselho Municipal de Saúde?
* A estrutura atual do Hospital Porto Dias é adequada a um Pronto-Socorro Municipal ou será necessário realizar obras e alterações? Qual o custo estimado destas eventuais alterações?
* Há servidores suficientes e adequados para ocupar pelo menos grande parte da área do Hospital Porto Dias? Haverá espaços ociosos, dentro do Hospital, por falta de pessoal suficiente?

9 comentários:

Anônimo disse...

PB
Pelo visto o atual alcaide de Belém, quer o MPF como seu assessor e com isso, comprometê-lo em caso de eventual constatação de irregularidade na compra.
O Zena Zenaldo Aê, poderia mandar SEMAJ entregar pra ele o precedente anterior do Sírio Libanês, onde o próprio MPF questionou a compra e venda daquele Hospital
Agora, administrar tentando colocar o Parquet como escudo para evitar eventual ações de improbidade, não vai sair do lugar e pode ainda andar de ré

Anônimo disse...

Uma prefeitura que permite o funcionamento de hospitais em transversais como Mauriti, Humaitá. Hotéis em esquinas da avenida Nazaré, Igrejas em uma entrada e saída de Belém e Shopping na entrada do populoso Benguí, sem passarela. Quer o quê ??? Belém é uma cidade que se inviabiliza por suas otoridades. Veja a situação da Almirante Barroso, onde as pessoas sofrem nos coletivos e as ambulâncias gemem sem ninguém liberar nada. Imaginem agora um Pronto Socorro na esquina. Assim não dá...

Anônimo disse...

100 milhões por oitenta leitos? É isso?

Anônimo disse...

Tão dizendo que os 3 hospitais regionais em construcão custam os mesmos 100.

Anônimo disse...

Gostaria de saber enquanto aos profissionais ja que existe um concurso realizado pela secretaria municipal de saúde que esta na validade,espero que a administração convoque.

Anônimo disse...

E enquanto a questa do servico como vai ficar.vai precisar profissionais ja que o hospital porto dias e no mínimo 3x maior que o da 14 de marco

Anônimo disse...

o prefeito esta pensando na população ou na mídia.
Bom questionamento quem serão os funcionários seu prefeito.

Anônimo disse...

Eu não queria esta doente nessa cidade.
Morte na certa

Anônimo disse...

Eu so quero a prefeitura assumir o prédio