terça-feira, 28 de maio de 2013

O que ele disse



"A permeabilidade do Judiciário à sociedade não é em si negativa. Pelo contrário. Não é ruim que os juízes, antes de decidirem, olhem pela janela de seus gabinetes e levem em conta a realidade e o sentimento social. Em grande medida, é essa a principal utilidade das audiências públicas que têm sido conduzidas, com maior freqüência, pelo STF. Os magistrados, assim como as pessoas em geral, não são seres desenraizados, imunes ao processo social de formação das opiniões individuais. O que não se poderia aceitar é a conversão do Judiciário em mais um canal da política majoritária, subserviente à opinião pública ou pautado pelas pressões da mídia. Ausente essa relação de subordinação, o alinhamento eventual com a vontade popular dominante é uma circunstância feliz e, em última instância, aumenta o capital político de que a Corte dispõe para poder se impor, de forma contramajoritária, nos momentos em que isso seja necessário."
Luís Roberto Barroso, indicado para ministro do Supremo Tribunal Federal na vaga de Ayres Britto, expondo em artigo que assinou com o advogado Eduardo Mendonça suas opiniões sobre a interferência das pressões externas sobre os julgados do STF, tomando como base do julgamento do caso do mensalão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Hum, os cumpanherus já vão ficar cabreiros com o homi.