terça-feira, 14 de agosto de 2012

Amarrem a melancia no pescoço do presidente da Anvisa!

Por MOACIR JAPIASSU, no Comunique-se

O diretor-presidente da Anvisa, um dos mais bem preparados intelectuais do Brasil, como o mundo inteiro está careca de saber, é também um exibicionista seboso; agora, anuncia em entrevista à considerada Johanna Nublat, repórter da Folha em Brasília, que pretende "fechar o cerco às farmácias para fazer valer, na prática, a inscrição 'vendido sob prescrição médica', impressa nas tarjas vermelhas".
Entre os tais remédios encontram-se anticoncepcionais, anti-inflamatórios e drogas para combater a hipertensão. Ou seja, remédios de uso contínuo e obrigatório, os quais não podem, evidentemente, depender de receita médica uma vez por mês!
A repórter ouviu também Gustavo Gusso, professor de clínica geral da USP, o qual achou boa a idéia de exigir receita para remédios como o anticoncepcional, mas ressalva que no país há dificuldades de acesso a médicos:
"Onde não existe médico, ou vai ter um médico para assinar receitas uma vez por mês ou vai acontecer outra coisa. Entre o ideal e o real existem muitas opções".
Janistraquis, que anda mais desconfiado do que juriti de manhãzinha, estranha que a chamada "grande imprensa" não faça uma campanha contra a mania de ostentação do presidente fascista da Anvisa:
"O que a agência se intromete na vida das pessoas é algo intolerável; que democracia é essa que sempre desrespeita os cidadãos?!?!"
E meu assistente alerta desde já: mora no meio do mato e, se não puder comprar pela internet os anti-inflamatórios de que precisa para suportar as dores na coluna lombar e os anti-hipertensivos que o mantêm vivo, vai processar o diretor-presidente desse lixo autoritário, chamado Dirceu Barbano. Se não morrer antes, é claro.

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