Essa tragédia horrorosa que assola a região serra do Rio, potenciada em boa parte pela malandragem criminosa de políticos, nos faz lembrar da Defesa Civil.
Ahã?
É.
Da Defesa Civil, sim, senhores e senhoras.
A de São Paulo, a maior cidade do País, tem – acreditem – 350 funcionários.
Trezentos e cinquenta.
Vocês acham muito?
Então, anotem aí: São Paulo, a maior cidade do País e uma das maiores metrópoles do mundo, tem 400 pontos críticos.
Quatrocentos.
Então, não chegamos nem a ter uma pessoa responsável por cada uma dessas áreas.
E a Defesa Civil de São Paulo dispõe, na sua estrutura, de uns carros velhos, apenas para fazer de conta que tem carros.
E aqui em Belém, a maior cidade do Pará e a primeira – ou seria a segunda, depois de Manaus? – de toda a Região Norte do país?
Tem Defesa Civil por aqui?
O que faz?
De quantos funcionários dispõe?
Qual a sua estrutura?
Belém tem áreas de risco?
A cidade, abençoadamente, não tem encostas, não tem morros, não tem elevações que possam levar a deslizamentos como os que ocorrem na região serrana do Rio.
Graças a Deus!
Mas a Defesa Civil de Belém – se é que existe, claro – já mapeou outras áreas de risco?
Por exemplo.
Aquela área ali que fica mais no entorno do Ver-o-Peso (acima, na foto do blog, com a Feira do Açaí em primeiro plano), incluindo boa parte de edificações ao longo da Castilho França, é um barril de pólvora.
E como todo barril de pólvora que se preze, há anos, há décadas está prestes a explodir.
Se ainda não explodiu, é por um milagre dos Céus!
Não há um eficiente sistema de combate ao fogo naquela área.
E olhem que já houve vários incêndios por lá.
A Defesa Civil de Belém – se é que ela existe – dispõe de algum esquema de ação preventiva para – que Deus nos livre! – a eventualidade de um grande incêndio ocorrer em vários prédios daquela área?
O Município de Belém, governado por Sua Excelência o prefeito Duciomar Costa, essa herói da boa gestão, esse baluarte das obras estruturantes, esse denodado homem público que sempre responde presente, esse monumento vivo à ética e transparência, enfim, o Município teria condições de apresentar à cidade a Defesa Civil de Belém?
Estamos à espera.
Urgentemente à espera.
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