No AMAZÔNIA:
Mais de 400 mil pessoas vão ficar sem água amanhã. O motivo é que a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) vai paralisar as atividades no complexo do Bolonha, devido às obras de duplicação que acontecem na estação de tratamento. A expectativa é que a ampliação seja concluída no final do ano. Com isso, a produção de água que abastece a Região Metropolitana de Belém vai passar de 3,2 mil para 6,4 mil litros de água por minuto.
Ao todo, 15 bairros vão ser atingidos com a falta de água: Terra Firme, Guamá, São Brás, Fátima, Canudos, Cremação, Condor, Jurunas, Telégrafo, Marco, Souza, Barreiro, Sacramenta, parte da Pedreira e Batista Campos, além da Cidade Nova e Ananindeua.
As obras tiveram início em 2005. Quando a governadora Ana Júlia tomou posse, elas ficaram paralisadas por um período e, em junho de 2007, foram retomadas. A previsão é que elas fiquem prontas no final de 2009. Mas, ainda este ano, mais exatamente no dia 20 de dezembro, é provável que de novo seja necessária a interrupção do abastecimento de água para mais reparos.
Com essa ampliação da estação de tratamento, a carga elétrica necessária para suportar o número de litros de água por minuto também aumenta. Para isso, serão utilizados seis motores e mais dois ficarão de reserva para qualquer eventualidade. Hoje, são apenas quatro. A ampliação também vai fazer com que a Cosanpa atenda uma nova zona de expansão: Cidade Nova e Ananindeua em agosto de 2010. E com que o abastecimento da cidade tenha mais qualidade, evitando eventuais falta d’água. 'A área central de Ananindeua é, atualmente, atendida por poços. Após o término da obra, 80% de Ananindeua vai ser atendida pela água que sai do Complexo Bolonha', explicou Eduardo Ribeiro, presidente da Cosanpa.
A idéia é que, com a duplicação da capacidade da estação, o fornecimento de água na Região Metropolitana de Belém seja assegurado por, pelo menos, mais 20 anos. A estimativa é que até esse período mais de 3 milhões de famílias sejam atendidas pela Cosanpa. Hoje, são 1,2 milhão.
Outra medida que será utilizada para melhorar o abastecimento de água, segundo Eduardo Ribeiro, é ampliação da medição que, hoje, existe em apenas 38% das residências. A meta é que até 2010 esse número salte para 50% e, em 2014, para 80%. Coibindo, desta forma, o desperdício de água e formando consumidores conscientes. 'Com a cobrança da tarifa fixa, muitas pessoas ultrapassam o consumo de 10 mil litros ao mês. E, enquanto uns gastam muito, outros ficam sem água. Precisamos controlar essa situação. São ações complementares que têm como intuito assegurar o abastecimento de água', ressaltou o presidente da Cosanpa.
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