quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Papão quer acabar com jejum

No AMAZÔNIA:

Retomar o caminho rumo ao Octogonal Final da Série C, vencer o primeiro jogo fora de casa após dois anos de jejum em Brasileiros, mostrar que a derrota em Marabá (3 a 2, para o Águia) foi um acidente de percurso e principalmente que não há motivos para cogitar a demissão do técnico Dário Lourenço. Motivos não faltam para o Paysandu ter que derrotar o Luverdense-MT, hoje, às 21h30, no Estádio Passos da Ema, em Lucas do Rio Verde.
Ninguém no Papão admite comentar as recentes (e pesadas) declarações de Luiz Omar sobre a 'covardia do time' e os 'erros do treinador' - o dirigente soltou os cachorros contra Dário e Cia. após o grupo ter permitido a virada do Águia no último domingo, após estar vencendo o jogo por 2 a 1 -, mas, nas palavras de cada jogador, é possível perceber que a vontade de ganhar só aumentou.
'Respeitamos o Luverdense, que tem um time perigoso. Mas vamos provar: o que aconteceu em Marabá foi um acidente de percurso', declarou o zagueiro Régis. 'Não acho que o time foi covarde no domingo. Apenas não conseguimos segurar a pressão do Águia exercida em seu estádio', completou o meia e capitão Luís Carlos Capixaba.
O incômodo com a fama de time caseiro, por mais que minimizada nas entrevistas concedidas ao longo dos últimos dias, motiva a todos no Paysandu. 'Vencer fora de casa é um objetivo, já que temos consciência de que as coisas ficariam bem mais fáceis, quando pensamos em classificação. Vamos entrar em campo com o foco, nos três pontos, mas se o empate vier, não acharemos ruim. Mesmo porque temos mais dois jogos em casa para chegar aos 10 pontos e garantir a vaga no G8', ponderou Boiadeiro.
A partida também será decisiva para a permanência de Dário Lourenço no comando técnico da equipe, visto que o treinador já não é mais unanimidade entre os dirigentes do clube. O presidente Luiz Omar Pinheiro nega, mas a situação de Dário ficou delicada após o técnico optar, no jogo contra o Águia, por alterações que comprometeram o desempenho ofensivo do Paysandu - a mais criticada delas aconteceu aos 13 minutos do segundo tempo, quando a equipe vencia por 2 a 1 e o técnico sacou o armador Luís Carlos Capixaba em favor do defensor Beto. Um novo revés nesta noite, portanto, poderá pôr fim à 'era Dário Lourenço' na Curuzu.

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