No AMAZÔNIA:
O benemérito remista Paulo Mota revelou ontem que dentro de 48 horas os conselheiros do clube apresentarão um candidato de consenso à sucessão do presidente Raimundo Ribeiro Filho, que renunciará à direção do Remo para que a eleição do novo presidente possa ocorrer no dia 29. A decisão de antecipar o pleito foi tomada durante reunião do Conselho Deliberativo, na última segunda-feira.
O afastamento de Ribeiro, que teria seu mandato encerrado em dezembro, é uma exigência do estatuto do clube, que não permite antecipação das eleições para a presidência sem que ocorra a vacância do cargo.
Embora Ribeiro tenha afirmado diversas vezes que não renunciaria ao cargo, um acordo entre o presidente e um grupo de conselheiros, segundo uma fonte, alinhavou o afastamento do dirigente para que o estatuto não seja rasgado. 'Não será uma renúncia explicita, mas tácita', declarou um conselheiro, que pediu para não ter seu nome divulgado.
Entre os conselheiros remistas há unanimidade de opinião de que Ribeiro não reúne condições de permanecer no comando do clube até o final do ano. 'O Raimundo é nosso amigo, mas, infelizmente, ele não tem mais o que fazer aqui', afirmou Antônio Carlos Teixeira, o Tonhão, que mesmo tendo o apoio de muitos conselheiros descartou sua participação no pleito que apontará o sucessor de Ribeiro.
Tonhão alegou não dispor de tempo para se dedicar exclusivamente ao clube. 'A atual situação exige uma pessoa que possa acompanhar o dia-a-dia do Remo', disse.
O nome mais cotado para comandar os destinos do Leão nos próximos dois anos continua sendo o do empresário Carlos Rebelo. 'Mas para aceitar a candidatura única, Rebelo impôs, em conversas de bastidores, algumas condições. Uma das exigências do benemérito seria a redução do número de conselheiros eleitos do clube, de 100 para apenas 50, e a eleição de 12 beneméritos indicados por ele.
'Após a reunião do conselho, que fixou para o dia 29 a eleição do novo presidente, Rebelo teve uma reunião com Paulo Mota e Benedito Sá, quando discutiram o lançamento de uma candidatura de consenso. Mas, ao término do encontro, que teria varado a madrugada, a única coisa definida foi a desistência de Mota de disputar a presidência do clube para concorrer a presidência do Conselho Deliberativo, no pleito marcado para o dia 5 de janeiro de 2009.
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