No AMAZÔNIA:
Em uma final surpreendente, a equipe verde-amarela brilhou e conquistou a medalha de prata no revezamento 4x100m T42-T46. O time formado por André Luiz Oliveira, Yohansson Nascimento, Claudemir Santos e pelo paraense Alan Fonteles Oliveira correu em 45s25 e voltou a levar o país ao pódio no atletismo paraolímpico.
O ouro ficou com os americanos, que bateram o recorde mundial da prova com o tempo de 42s76. Os australianos conquistaram o bronze com 45s80.
Após as duas primeiras passagens de bastão, a equipe brasileira vinha em quarto lugar. No entanto, Alan Oliveira conseguiu uma arrancada final que fez a diferença. O time australiano, que já tinha a prata em suas mãos, teve que se contentar com o terceiro lugar após ter seu último atleta superado pelo paraense de apenas 16 anos. 'Vi que minha velocidade estava muito grande e pensei: 'Vou passar, vou passar' ', disse Alan Oliveira, em entrevista ao canal SporTV.
Superação - A segunda colocação do paraense no revezamento 4 x 100 metros rasos revelou para o mundo um histórico de superação iniciado aos quatros meses de idade.
Alan ganhou destaque no noticiário nacional por causa do desempenho fundamental para a vitória da equipe e pela pouca idade (16). Mas do esforço para superar as dificuldades, quem sabe muito bem é a mãe, Cláudia Fonteles, a torcedora mais orgulhosa.
Cláudia acompanhou a competição pela internet, junto com a filha de 8 anos, que também treina o atletismo, enquanto o pai do atleta, Almir, trabalhava, em uma distribuidora de gás. De longe, ela se desesperou ao ver que o penúltimo integrante da equipe brasileira demorava a passar o bastão para o filho.
Mais uns minutos e a tensão se transformou em alegria e orgulho, sentimentos que ainda a fazem chorar quando conversa com a reportagem. É impossível não vibrar, diz, e, mais ainda, não associar a vitória às dificuldades que o filho enfrentou para andar.
Cláudia conta que o adolescente teve infecção intestinal aos 21 dias de vida, foi internado na UTI, contraiu septicemia e acabou perdendo os pés aos quatro meses. Aos nove meses, ele colocou a primeira prótese e, prestes a completar um ano, começou a andar.
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