segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Oposição promete não deixar Raimundo Ribeiro em paz

No AMAZÔNIA:

Não bastasse a pressão dos torcedores, que não se conformam com a eliminação do time na Série C do Brasileiro, o presidente do Remo, Raimundo Ribeiro Filho, ainda terá a oposição a sua gestão em seu calcanhar. Um grupo de conselheiros azulinos, que conta, entre outros, com Guto Age, Benedito Sá, Wilton Moreira, Jones Tavares e João Mota, pretende pedir a renúncia do dirigente, que terá seu mandato encerrado somente em dezembro. A oposição azulina deve começar a se reunir, a partir de hoje, segundo Age, para articular a maneira como forçará o presidente a deixar o comando do Leão antes do final do ano.
Ontem, por telefone, Age afirmou que a saída do time remista da Série C deve aumentar o número de opositores a Ribeiro. 'Com toda a certeza muitos dos conselheiros que antes apoiavam o presidente agora já devem estar pensando diferente', declarou Age, que chegou a ocupar o cargo de vice-presidente do clube, mas acabou renunciando em setembro do ano passado. 'Senti que o final da história daria nessa situação que está aí', justificou.
As articulações para pressionar Ribeiro a deixar o comando do clube foram iniciadas logo após a confirmação da eliminação do time na Série C com a derrota frente ao Rio Branco. Age criticou a falta de organização da administração de Ribeiro. 'Não existe nenhum planejamento no clube. Tudo é feito da maneira que o presidente determina', criticou. De acordo com Age a saída do Remo da Terceirona representou o fundo do poço para a atual gestão azulina.
'Não tem mais para onde o Remo ir. Essa saída da Série C representa o fundo do fundo', disparou Age. 'É uma prova de que o presidente não pode mais continuar no comando do Remo', avaliou. O ex-vice-presidente passou o dia de ontem fazendo contatos com membros do grupo de oposição. 'Estamos estudando a maneira de forçar o presidente a deixar o cargo. Mas somente a partir de amanhã, quando a gente deve reunir é que vamos ter alguma coisa de mais concreta', avisou.
A insatisfação dos torcedores com a situação do clube não é nada diferente da demonstrada pelos conselheiros. A prova foi dada no sábado quando um grupo formado por cerca de 30 deles quebrou as vidraças da sede social azulina. Os torcedores seriam liderados pela torcida organizada Remoçada, que atua na clandestinidade, já que foi banida dos estádios por determinação da justiça.

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