No AMAZÔNIA:
O sentimento estampado no rosto dos jogadores azulinos era um só: vergonha. De cabeça baixa, os atletas e membros da comissão técnica desembarcaram ontem à noite, em Belém. Ninguém escondia a decepção. Os poucos torcedores que estavam no Aeroporto Internacional de Val-de-Cães durante a chegada se limitaram a zombar do desempenho da equipe no último sábado, quando perdeu por 3 a 0 para o Rio Branco/AC e foi eliminada na Série C.
'Envergonhados, chateados, nos sentimos assim. Mas quem ficar tem de ter consciência de que o Remo precisa se reerguer, porque o time vai continuar numa situação difícil. Nós somos os responsáveis pela queda', reconhece o zagueiro Diego Barros, capitão azulino. Assim como o 'xerife', todos os jogadores admitiram a culpa pelo rebaixamento da equipe. 'Temos que botar a mão na cabeça e pensar no que deixamos de fazer', declarou o atacante Moré.
Para o meio-campista Ratinho, um dos principais jogadores azulinos na conquista do Parazão 2008, nada justifica os últimos resultados do Remo, que perdeu pela segunda vez consecutiva. 'Agora é tentar erguer a cabeça novamente e saber o que se fez e o que não se fez. Temos que ter vergonha na cara. Nosso time perdeu. Fazer o quê?', disse o jogador, que não soube especificar a principal deficiência do time dentro de campo. 'Estávamos todos focados no jogo.'
Luís Carlos Cruz era o único membro da delegação que aparentava tranqüilidade. Acompanhado pelo coordenador de futebol, Sérgio Papelin, o treinador azulino lamentou o resultado contra o time acreano, mas garantiu que fez o que podia ser feito para classificar a equipe. 'Não faltou trabalho. Acredito que, dentro do limite técnico, os jogadores alcançaram o próprio limite', comentou o técnico, que será dispensado hoje pela diretoria azulina.
O Remo deixou a Série C na última colocação do grupo 17, com apenas seis pontos. E, dependendo do resultado no Parazão 2009, o Leão pode até perder a chance de classificação à Série D do ano que vem.
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