domingo, 21 de setembro de 2008

Feira do Livro começa com expectativa de receber 350 mil

No AMAZÔNIA:

A XII Feira Pan-Amazônica do Livro abriu as portas ontem de manhã, já com cerca de 200 pessoas esperando do lado de fora. Tanta pressa é uma estratégia para se livrar do sufoco e encontrar a maior variedade possível de produtos. Algumas pessoas saíram de Bragança, no nordeste do Pará, dispostas a passar o dia entre as estantes. A expectativa dos organizadores é alcançar 350 mil visitantes em dez dias de evento. O maior volume de pessoas é aguardado para os últimos dias, por isso, gente como o professor Benilson Rodrigues, 23 anos, antecipou a ida às compras.
Para o professor, o fim de semana é a pior escolha para quem quer fugir da multidão, mas como esse é o único tempo que tem disponível, ele decidiu chegar cedo. Existe ainda a vantagem de encontrar maior opção de títulos, aponta o docente, interessado em livros de Biologia e de material voltado para concursos públicos.
A professora de Matemática, Maria da Guia, também procurava livros da sua área de atuação, além de ficções para os filhos adolescentes. Ela veio de Bragança, acompanhada de outros professores, todos preparados para voltar ao município da zona bragantina paraense somente às 16 horas. Ela observou que a visita à feira exige tempo para pesquisar os preços. Em apenas uma hora de consulta a alguns estandes, ela já encontrou diferença de R$ 15 entre livros da mesma editora.
A economia é necessária, diz, sobretudo para os professores que estão comprando com a ajuda do Cred-leitura repassado pelo governo estadual. Algumas vezes, é preciso deixar de lado os títulos mais procurados, portanto mais caros, e escolher os mais baratos. Este ano, a feira reúne 130 estandes de edioras locais, nacionais e internacionais, além de programação cultural destinada a todas as faixas etárias. Ontem pela manhã, começou a funcionar a oficina de desenho, dentro do espaço Cidade das Letras. Até o dia 24, o artista Rosinaldo Pinheiro ensinará a desenhar os mangás, histórias em quadrinho feitas em estilo japonês já que o Japão é o país homenageado pela feira. As crianças mais novas participam de tarefas de pintura, mas ele afirma que, dependendo da dedicação, os participantes mais velhos têm chances de arriscar os próprios desenhos.

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