No AMAZÔNIA:
Os estoques de carne nas feiras livres de Belém estão se esgotando por conta da greve dos agentes da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará). E produtos como frango, peixe, frutas, verduras e legumes já estão apresentando preços acima da média na feira do bairro do Telégrafo. Prejudicados pelos custos de compra dos produtos, feirantes repassam os gastos ao consumidor.
As carnes de segunda, como agulha, pá com osso, peito e picadinho, não saem por menos de R$ 7,00 o quilo no mercado da avenida Senador Lemos. Já o preço das marcas de primeira como Chã, paulista, alcatra e contrafilé variam entre R$ 11,00 e R$ 12,50 por quilo. Comprar frango ao invés de carnes vermelhas também não está muito fácil, pois o quilo do abatido chega a custar R$ 5,20. Até mesmo uma forma com 30 ovos não sai por menos de R$ 6,00.
Dependendo da espécie do peixe, o almoço pode sair mais barato. Mais conhecida por Gó, a Corvina tem sido o peixe mais procurado por apresentar um preço de R$ 4,00 o quilo. Dourada, Gurijuba e Tamuatá custam em média R$ 6,00 o quilo. Já o quilo do Filhote ou da Pescada Amarela pode sair em média por R$ 7,00. Caranguejos saem por R$ 1,00 a unidade.
O quilo do camarão varia entre R$ 10,00 e R$ 20,00. Os vendedores garantem que em janeiro o consumidor pode esperar uma redução de pelo menos 20%. Para temperar a comida, com R$ 0,50 o consumidor pode comprar um pacote de pimentado-reino, folha de louro, orégano ou uma cabeça de alho. Um copo de pimentas vermelhas, amarelas, malaguetas ou sortidas custa R$ 1,00. Já dois litros de tucupi custam pelo menos R$ 3,00.
A autônoma Graça Gonçalves, de 51 anos, precisou pesquisar bastante antes de fazer as compras na manhã de ontem. Para ela, os preços encurralaram a população. 'Tudo está caro demais. As frutas estão caras demais, como a banana e o maracujá. O cheiro-verde também está muito caro. Agora o pior é a carne. Não dá nem para fugir para o peixe ou para o frango, pois estão custando muito', disse.
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