sábado, 23 de agosto de 2008

Morte de delegado era “missão especial”

Segundo Elias Moraes Gonçalves, o 'Gordo', os dois traficantes propuseram a 'Creinho' R$ 100 mil para que ele matasse o delegado Éder Mauro. E apresentaram suas razões. É que o delegado e sua equipe já haviam 'quebrado' (estourado) dois laboratórios de preparo de drogas no bairro da Cabanagem, pertencentes a 'Boca' e 'Jacaré', causando a eles um considerável prejuízo financeiro.
Eles também forneceram para 'Creinho' o local onde, todos os dias, o delegado corria - a rodovia Augusto Montenegro e o entorno do estádio do Mangueirão. Ainda de acordo com o depoimento do acusado, 'Creinho' aceitou o serviço e disse que arrumaria um parceiro para praticar esse assassinato. Eles usariam uma motocicleta para se aproximar da vítima em potencial.
'Creinho' disse, porém, que aguardaria a chegada de um pistoleiro que viria do município de Paragominas. 'Creinho' também tirou fotos da casa do delegado. Essa negociação, da qual 'Gordo' afirmou não fazer parte, ocorreu logo depois de o GPM estourar um laboratório de droga, de propriedade do traficante 'Boca'.
O acusado revelou ainda que os dois traficantes têm várias casas na Cabanagem, as quais não são usadas como residências, mas, sim, para o preparo de cocaína. Ontem, em entrevista a este jornal, 'Gordo' afirmou que não participaria da morte do delegado Éder Mauro. Segundo ele, os traficantes não lhe confiariam um serviço tão importante quanto esse. O acusado afirmou não estar à altura de tirar a vida do delegado Éder Mauro. 'Esse serviço não era para mim. Era (para ser feito) pelo pistoleiro que vinha de Paragominas', afirmou.

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