No AMAZÔNIA:
O juiz da comarca de Viseu, César Puty, e o promotor de Justiça, Edvaldo Salles, pediram formalmente ontem à Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) o reforço do policiamento ostensivo da cidade. Eles chegaram a Belém acompanhados da chefe de cartório, Viviane Costa, e da servidora Fernanda Santos para detalhar a violência ocorrida no município na última terça-feira, quando foram incendiados e depredados o fórum e a delegacia da cidade. Eles foram resgatados de Viseu por um helicóptero e passaram a noite em Bragança.
Logo no início da manhã de ontem, o grupo foi ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e depois seguiu para o Ministério Público Estadual (MPE) e Tribunal de Justiça do Estado (TJE). O motivo da revolta popular foi a morte de um adolescente, baleado por um policial militar. O juiz e o promotor dizem que apenas oito policiais civis e militares são responsáveis pela segurança da população de 80 mil habitantes (o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística registra 53.200 habitantes em 2007). O juiz enviou ofício pedindo o aumento do efetivo policial na cidade à Segup.
'A falta de segurança não é só nos prédios do Judiciário. A cidade inteira sofre com isso. Pelo menos três dos oito policiais da cidade fazem a vigilância de dois bancos de Viseu e o que sobra não é suficiente para cuidar da cidade', afirma Salles. O promotor disse que estava fazendo um levantamento, por meio de inquéritos policiais, das ocorrências policiais na cidade e solicitou ao delegado de Viseu o inquérito que apura a depredação da Câmara Municipal, no início do ano. Esses documentos serviriam de 'prova e apelo à Secretaria para maior segurança na cidade', mas todos estavam sobre a mesa do promotor e foram incinerados.
Todos os prédios destruídos foram saqueados. Armas, motos e drogas apreendidas foram roubadas. Eles não souberam precisar a quantidade de drogas roubadas, mas alegam que era pequena em razão de uma recente incineração realizada pela polícia. O juiz também afirmou que teve objetos pessoais roubados.
César Puty disse que o TRE admitiu a possibilidade de alugar um prédio para abrigar o fórum, mas o futuro das instalações judiciárias na cidade ainda não está decidido.
Um comentário:
Só na guarda do prédio da SEGUP são utilizados 06 PMs, que é função civil. Na estação das Docas e Clube dos Oficias da PM, que são entidades privadas, 09 PMs em cada. E assim por diante. Em Goianésia quando ocorreu aquela revolta popular em 2005, tinha apenas 18 PMs na cidade. No tribunal de Justiça, tem mais de 100 PMs; No Pífio e chinfrim MP tem mais de 60 PMs. Mas em Viseu, quer tenha 80 ou 50 mil habitantes, tem apenas 05 PMs por dia de serviço. Já denuciei essas barbaridades a esse inoperante governo e nada aconteceu e ainda tem a coragem de dizer que se preocupa com o povo.
Major PM Wolgrand (Presidente da Associação em Defesa dos Diretos dos Militares do Pará - ADDMIPA)
E-mail: w_wolgrand@hotmail.com
Postar um comentário