sábado, 16 de agosto de 2008

Bois estão definhando no pasto

No AMAZÔNIA:

Para o economista Ricardo Cotta, superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), 'chegou o momento de acusar o governo de maus-tratos a animais', referindo-se ao gado apreendido pelo Ibama na Terra do Meio, um rebanho que até agora não foi vendido e que, segundo Cotta, está morrendo por falta de alimento e cuidados.
'Foi mais uma arbitrariedade do governo, de seqüestrar bois e depois não saber o que fazer com ele, que está morrendo de fome', disparou Cotta, durante palestra proferida na noite da última quinta-feira, no parque de exposição Amilcar Tocantins, em Paragominas, onde está sendo realizado a 42ª Agropec, evento de agronegócio.
Para Ricardo Cotta, hoje o setor produtivo vive um grande momento, mas ao mesmo tempo enfrenta desafios. 'Temos, de um lado, uma conspiração internacional favorável, que o agronegócio brasileiro poderia estar aproveitando, que é a crise mundial de alimentos, o que reflete em alta dos preços dos produtos. Poderíamos aproveitar bem melhor esse momento se não fosse o fato de não estarmos fazendo o dever de casa. E o primeiro dever diz respeito à infra-estrutura, que é precária, a começar pelos nossos portos, para onde tudo converge quando se fala em infra-estrutura', explicou o técnico da CNA.
Outro gargalo que impede um crescimento mais forte do setor produtivo do campo brasileiro, garante Ricardo Cotta, são as questões ambientais e fundiárias. 'São problemas que estão preocupando os produtores. Porque se você tem uma propriedade ameaçada de invasão ou de desapropriação, isso inibe qualquer tipo de investimento maior. Esse é um problema que precisa ser enfrentado pelo governo', afirmou.

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