No AMAZÔNIA:
Os pais do bebê de sete meses, com hidrocefalia, perambularam ontem de hospital em hospital, sendo recusado. O flagrante foi feito, na tarde de ontem, em frente ao Hospital do Pronto-Socorro Municipal (HPSM), no Umarizal, quando a mãe do menino, Débora Moraes da Rocha, já estava fazendo a terceira tentativa de interná-lo. 'Nós levamos ele na Santa Casa e o médico falou que ele precisa de uma cirurgia com urgência. Mas, ele informou que não havia leito para interná-lo', disse a mãe, na frente do HPSM. 'Agora viemos para cá (HPSM) e nos mandaram de volta para a Santa Casa', complementou, desesperada.
Débora, acompanhada do esposo e do amigo Flávio Platilha, seguiram com o bebê Isaque da Rosa Cunha, novamente, para a Santa Casa. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa daquele hospital, que, num primeiro momento, confirmou que não havia leito vago para interná-lo. Porém, momentos depois, no final da tarde, a assessoria fez um novo contato e informou que um dos pacientes do setor de neuropediatria recebeu alta e que Isaque seria internado. Segundo a assessoria, o menino seria internado e faria uma avaliação para verificar a necessidade de intervenção cirúrgica.
O professor de ginástica Flávio Platilha diz que não tem grau de parentesco com os pais e com a criança, mas que se sensibilizou com a situação do menino. 'Já fomos no hospital Ofir Loyola, Santa Casa e agora, aqui, no HPSM. É um absurdo que ninguém preste atendimento a essa criança. Isso é um total descaso. É um verdadeiro absurdo que se tenha que passar por toda essa peregrinação', disse, revoltado, Flávio Platilha.
A assessoria de imprensa da Santa Casa explicou que o hospital possui três leitos de neuropediatria e que, de fato, estavam todos lotados. Ocorre que (por sorte da família de Isaque), no final da tarde, um deles vagou. Porém, a assessoria esclarece que outros dois hospitais estão credenciados para prestar esse tipo de atendimento, além da Santa Casa.
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