segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Agressões em Salinas não se limitam a decibéis nas alturas

Decibéis na estratosfera não são, infelizmente, as únicas pedras no caminho de quem busca Salinas para descansar.
As agressões ao meio ambiente também são pedras a remover.
E agressões escancaradas, despudoradas e escandalosas.
Houve shows na praia do Atalaia, por exemplo. Com a presença de mais de mil pessoas, segundo informou ao blog gente que os freqüentou.
Sabe disso a GRUP (Gerência Regional do Patrimônio da União)?
A pergunta não é sem sentido.
Em maio deste ano, um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) homologado pela juíza federal substituta da Subseção Judiciária de Castanhal, Carina Senna, estabelece balizou o reordenamento das atividades e o uso de todas as áreas situadas na praia do Atalaia, a mais freqüentada de Salinas.
A partir de 1º de junho, a Prefeitura de Salinas estaria obrigada a recolher o lixo da praia e dar destinação segura e adequada a todos os rejeitos. Também não poderia mais autorizar shows e outros eventos esportivos e culturais em áreas de uso comum, sem a permissão prévia da GRPU.
O TAC foi assinado pelo advogado Miguel Brasil Cunha, representante da Prefeitura de Salinópolis; pelo representante da Advocacia-Geral da União (AGU), Denis Moreira; por Anginaldo Vieria, defensor público da União; pelo procurador da República Felício Pontes Jr.; pela representante da GRPU, Helena Mariza; pela representante do governo do Estado, Christianne Ribeiro Klautau; e pela advogada Rosália de Almeida e Silva, representante dos barraqueiros, vários deles também presentes à audiência.
Segundo o termo de ajuste, os proprietários, usufrutuários, locatários e ocupantes de barracas comerciais que não cumprirem o acordo homologado pela Justiça Federal de Castanhal serão considerados em situação irregular e responderão “nos termos da lei, ficando a GRPU obrigada a exercer o poder de polícia em relação aos que estejam em situação irregular.”
Por isso, a pergunta que já se fez e que convém repetir: a GRPU sabe dos shows em plena praia do Atalaia?

3 comentários:

Anônimo disse...

Ora, pois, pois, meu caro Blogger.
Acordo de cavalheiros ou termos de ajustamento de conduta, em Salinas, é pura ficção. A praia do Atalaia virou uma imensa casa de mãe Joana, onde todo o mundo faz o que quer. Os barraqueiros, por exemplo, há muito que privatizaram aquele espaço público, com a cobrança abusiva de "consumação mínima" de 20 reais para ocupação de seus "pontos" na praia. Quem não aceitar, será convidado "gentilmente" a desocupar o espaço. Mesmo que você34 possua equipamento próprio de barraca de praia não poderá montá-lo, pois irá invadir o território dos barraqueiros. Se protestar, é "barraco" na certa. Recorrer não há a quem ! A propósito, em artigo na edição de sábado, em "O Liberal, - S.O.S. Salinas, coloco estas e outras questões sobre o abandono e o descaso do poder público pelo nosso mais charmoso balneário, que poderia ser uma verdedira vitrine do Pará, se fosse melhor cuidado. Na verdade, a cidade vai "Di" mal a pior.Do Chicosidou

Poster disse...

Sidou,
Você tam razão.
E muito boa a carta que saiu no sábado. Perfeita.
Abs.

Anônimo disse...

Aiaiaiaiai