sexta-feira, 14 de abril de 2023

Quem mandou fechar os portões do Mangueirão? Tudo ficará igual ao caso da ponte de Outeiro?


O Remo anunciou nesta sexta (14), em suas redes sociais, os procedimentos que deverão adotar, para fins de ressarcimento, os torcedores que compraram ingressos para o jogo contra o Corinthians, na última quarta-feira, mas não puderaram entrar no Mangueirão porque, antes mesmo de o jogo começar, os portões foram fechados sob a alegação de que a lotação do estádio já havia se esgotado. Um caso de típico de desrespeito e humilhação aos torcedores.
Boa!
O anúncio do Remo já é, pelo menos, um bom começo. Primeiro, porque o clube tenta desincumbir-se de obrigações legais que lhe foram conferidas na relação estabelecida com os consumidores, um vez que o clube foi o promotor do evento. Segundo, porque o Remo implicitamente reconhece que os torcedores foram, sim, lesados, porque foram impedidos de usufruir do produto/serviço que adquiriram.
Mas este bom início não pode ficar por aí. É preciso que tenha uma consequência.
E a consequência está na eludicação de um mistério, no deslinde da questão essencial que provovou a violação dos direitos dos consumidores/torcedores: quem, afinal de contas, deu a ordem, explícita ou implícita, para que os portões do Mangueirão fossem fechados antes do início da partida?
O Remo, por todos os meios possíveis - vídeos, áudios e textos veiculados em suas redes sociais -, já disse que não não mandou fechar os portões. E, para reforçar tal afirmação, informou ter registrado um boletim de ocorrência na polícia para salvaguardar seus direitos.
Outros órgãos, como a FPF e a Seel, também já informaram que nada têm a ver com isso e chegaram até a cobrar o Remo publicamente pela barração de milhares de torcedores.
Afinal de contas, quem foi, então, que mandou fechar os portões?

Silêncios convenientes
Esse fato precisa ser investigado e respondido amplamente à sociedade, de forma pública, para demonstrar a transparência de todos os envolvidos e para prevenir futuras ocorrências em jogos que atraem grandes públicos, como o da última quarta-feira.
A exigência para que se descubra quem deu a ordem para o fechamento dos portões se justifica, ademais, porque esta terra de lindas florestas, fecundadas ao sol do Equador (versos do nosso hino), no caso o Pará, é uma terra de silêncios - quase sempre convenientes para manter nas sombras os que agem com segundas, terceiras, quartas e quintas intenções.
Vocês querem um dos últimos e mais contundentes exemplos desses silêncios ensurdecedores? O desabamento do pilar central da ponte de Outeiro, em 17 de janeiro do ano passado.
Logo após a ocorrência, chegou-se a informar que não houve colisão alguma, e o pilar simplesmente teria desmoronado logo após a passagem de um ônibus pela ponte. Depois, disseram que o desmoronamento ocorreu porque uma balsa teria batido na estrutura.
Instaurou-se o velho e implacável rigoroso inquérito. E aí? Qual o resultado do inquérito?
Uma nova ponte já foi até inaugurada com pompa e circunstância, em fevereiro deste ano. Mas até agora não se sabe qual o resultado a que chegou o velho e implacável rigoroso inquérito.
E no caso dos portões do Mangueirão? Tudo será como no caso da ponte de Outeiro?

2 comentários:

Luiz Carlos Freire disse...

Sobre o portão do mangueirão não sei, mas, sobre a plastra da ponte tem algo em:
https://www.blogger.com/blog/post/edit/5310090652510076004/5108753903540899118

Anônimo disse...

Segundo intelectuais esquerdistas tanto a ponte, quanto os portões do mangueirão a culpa é toda e exclusiva do Bolsonaro, mas afinal, de quem mais seria mesmo?