segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Josué Bengtson, a própria rainha da Inglaterra, tenta arrastar o PTB para uma aliança com Helder. É tempo de fazer apostas!

Bengtson e Elizabeth II: ambos são rainhas. Mas há uma diferença fundamental entre ele e ela.

O até agora presidente estadual do PTB, Josué Bengtson, ex-deputado federal condenado por corrupção em 2018, é a própria rainha da Inglaterra do partido. Ele reina, mas não governa.
Há uma diferença fundamental, porém, entre Elizabeth II e Josué Bengtson: mesmo que não governe, ela sempre deteve, e já lá se vão 70 anos, o respeito, a credibilidade, a afeição e o carinho dos súditos.
E Bengtson, o que dizer dele?
Depois da muvuca petebista que se viu no último sábado, em que foi vaiado pelos próprios súditos, ou melhor, pelos próprio filiados ao partido, Bengtson é a cara, o focinho e a feição de uma rainha decaída, desacreditada, decadente, desprestigiada e ridicularizada por suas próprias contradições.
O estadista Roberto Jefferson, maior liderança do PTB e imagem
vívida da temperança, da sabedoria e higidez moral: ele
admitiria uma aliança com Helder, que os bolsonaristas odeiam?
As contradições petebistas, diga-se, foram expostas de forma bizarra pelo próprio presidente estadual petebista na muvuca de sábado, ao proclamar, sob os apupos de filiados presentes, que seu apoio (dele, Bengtson, fique bem claro) é para a reeleição do governador Helder Barbalho (MDB) no Pará e para a do Negacionista a presidente da República, mesmo sabendo-se que os bolsonaristas - do Pará e d'além fronteiras - odeiam os barbalhistas.
Lances muito mais palpitantes ainda estão por vir. E boa parte deles converge justamente para o PTB, que agora tem entre seus filiados a figura de Everaldo Eguchi, o delegado federal bolsonarista que surpreendeu meio-Pará e chegou ao segundo turno na disputa pela Prefeitura de Belém, em 2020, quando teve como adversário Edmilson Rodrigues, que se elegeu.
Façam suas apostas - A condição formal de petebista, assumida por Eguchi, agora filiado à agremiação, é um convite para que as apostas sejam oferecidas à mesa: o delegado, assumidamente e fanaticamente bolsonarista, admitiria candidatar-se, mesmo a um cargo proporcional, caso o PTB se alie ao MDB de Helder?
Tem mais: tudo indica que o novo presidente do PTB no Pará será Roberto Jefferson Filho, que mora em Belém e é filho do tresloucado das armas Roberto Jefferson, condenado no mensalão e atualmente em regime de prisão domiciliar decretado pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes, com base no inquérito que apura a atuação de uma milícia digital que atenta contra a democracia. Alguém acredita, sinceramente, que a direção do PTB, pós-Bengtson, haverá de chancelar os acordos do pastor (se é que houve acordos) com a família Barbalho para apoiar a reeleição de Helder?
Anotem outra: o ex-governador Simão Jatene, que recentemente se desfiliou do PSDB e atualmente procura um partido, volta e meia é apontado como estando na iminência de filiar-se ao PTB. Vocês acreditam que, caso ingresse mesmo no partido de Roberto Jefferson, Jatene admitiria uma aliança estadual com Helder Barbalho?
Como já dito aqui, vamos aguardar os próximos lances para sabermos como vai se comportar o PTB nas eleições de outubro.
Mas é certo que, até lá, teremos ainda edificantes e incomparáveis lições de coerência política.
A ver!

2 comentários:

Anônimo disse...

Paulo, dependendo do cenário nacional com o governador do RS desembarcando do PSDB no partido do Hadad, Jatene fará palanque para o Leite no Pará, com uma aliança que vai roubar partidos do atual governador paraense. É só esperar que boi vai avoar.

Anônimo disse...

DO HILÁRIO AO SÉRIO DA TRÁGICA REALIDADE

Diante das absurdas crises causadas lá nos Poderes
Onde tudo é negociável e, ao povo, só “top top”,

Haja consolo à nação desalentada, haja
Inspiração em formular pensamentos positivos após
Lamentos e indignações, a sós ou coletivamente.
Álibis estão sempre disponíveis aos corruptos, sempre
Respaldados por leis e suas brechas personalizadas,
Invertendo o que seja Legislar e assegurar a Justiça.
O remédio para as vítimas? “Rir é o melhor remédio”.

A desfaçatez é tanta, que até o mandatário eleito e
Os seus oportunistas seguidores caçoam de vítimas.

Sanguessugas e violentadores da nação, seguros em
Édens sustentados pela corrupção, todos sem o menor
Rubor em suas cínicas caras de safados de nascença.
Invariavelmente, antes das eleições essas caras de
Oportunistas safados se transformam em sérias e,

Demagogos por excelência desde que nasceram,
A manipulação da opinião pública garante reeleições.

Trabalhadores punidos pelo desemprego decretado,
Rendas e salários corroídos pela inflação evitável.
Ávidos pelo Poder e Riqueza agindo nos protegidos
Gabinetes e plenários garantindo o “seu” - e, o resto?
Impublicável expressão seria escrita aqui, nessa linha.
Covid-19 aconteceu, o lado pior do governo falou alto.
A tragédia anunciada, milhares pagaram com a vida.

Rio Tapajós, sua bacia sendo detonada pelo garimpo
E, consequentemente, danos ambientais irreparáveis,
A saúde da população ribeirinha afetada pelo mercúrio.
Levas, hordas de desmatadores impunes e, absurdo,
Incentivados por dúbias medidas do governo!
Das armas e munições liberadas sob justificativas
As mais estapafúrdias, facilitando ações e impunidade
Do tráfico e milicias. A quem interessa isso tudo?
Esse país tem jeito? Que país é esse? É o nosso Brasil.


AHT
21/02/2022