quinta-feira, 28 de novembro de 2019

MPF precisa avaliar inquérito sobre prisão de brigadistas com lupa aumentada em dez vezes

Brigadistas deixam a prisão em Santarém, Pará — Foto: Sílvia Vieira/G1

Inquéritos, sabem todos, são meras peças informativas.
Todas as informações que um inquérito encerra serão sopesadas, valoradas e apreciadas posteriormente, pelo Ministério Público, quando ingressar com uma ação na Justiça.
E mesmo no curso de uma ação o juiz poderá, querendo, aproveitar as informações do inquérito para formar sua convicção.
A informalidade de inquéritos não justifica, porém, que a autoridade policial mostre-se relaxada, precipitada, açodada. Daí que a prisão de suspeitos no curso de um inquérito precisa ser avaliada com muito rigor.
Por isso, é no mínimo muito estranha a prisão de quatro brigadistas de uma ONG acusados de incêndio criminoso na área de Alter do Chão, em Santarém, no oeste do Pará.
A defesa insiste que as ditas conclusões da autoridade policial, identificando supostas responsabilidades desses quatro brigadistas, que acabaram presos preventivamente por decisão de um juiz estadual, são absolutamente destituídas de veracidade e de consistência.
O juiz mandou libertar os quatro suspeitos (na imagem, do G1) na tarde desta quinta-feira (28).
Mas é indispensável que se apure, detidamente, a consistência das motivações que teriam convencido a polícia a concluir pela responsabilidade dos suspeitos, a ponto de pedir a prisão deles.
O MPF, que já requisitou cópia do inquérito à Polícia Civil, precisa debruçar-se com lupa aumentada em dez vezes sobre esse inquérito, para avaliar-se todas as informações nele contidas e as circunstâncias em que se processaram as investigações.
Queremos transparência?
Queremos.
Queremos investigações feitas por órgãos que tenham suas competências, autonomias e independências respeitadas?
Queremos?
Por isso é essencial que todos conheçamos bem o que foi apurado nesse inquérito, para que possamos avaliar precisamente as responsabilidade de todos.
De investigados e de investigadores.

5 comentários:

kenneth fleming disse...

Só não entreguem a investigação para o promotor racista .

Pedro do Fusca disse...

Como o Delegado de Policia do Pará provou que estes ongueiros picaretas tocavam fogo para ganharem mais dinheiro de doações, ele foi afastado do caso pois para o Governo do Estado não interessa que tal investigação sobre esta gente prossiga pois não entra dinheiro sujo no Estado como quer o Governador e tambêm não quer que seja provado que disse o nosso Presidente Bolsonaro que quem tocava fogo na mata era estas Ongs. Qual a justificativa para tirar o Delegado das investigações? Porque o Juiz mudou de opinião rapidamente depois que o Governador do Estado o "cavanhaque" protestou contra estas prisões. Isto sim que devem ser esclarecidos. Estamos na época de mudanças é nada melhor de que fazer com que esta picaretagem que são estas ONGS prestem conta do dinheiro que recebem como todo mundo presta a Receita Federal e outros Órgãos de fiscalização e controle.

Anônimo disse...

Seria melhor esse caso ser entregue ao MPF do que ir para a análise do procurador racista Ricardo Albuquerque

Ramon Bentes disse...

Todos prestam conta. Menos o Queiroz e o Flavio.

Pedro do Fusca disse...

Apesar do esforço do Governador do Estado em proteger estes bandidos ongueiros, o novo Delegado deste novo inquérito apurou que os mesmos ateavam fogo para ganharem dinheiro. Será que o Governador vai anular este novo inquérito para proteger estes bandidos?