quarta-feira, 12 de setembro de 2018

O jornalismo. Por onde andais?


Parece que, em tempos idos - mas nem tão antigos assim -, jornalistas já foram mais jornalistas quando instigados a participar, como profissionais, de processos eleitorais.
Como assim?
Parece que, em tempos idos - mas nem tão antigos assim -, jornalistas tinham, como diríamos, mais senso crítico, mais crivo para perceber, no mínimo, que pedra é pedra e água e água.
Não estou falando de isenção, mas de senso crítico.
Naqueles tempos idos, os que não resistiam à tentação de dar vazão - sobretudo publicamente - às suas paixões, faziam-no de forma muito mais comedida, deixando sempre uma ponta, uma pontinha que fosse, de dúvida para não cair de cabeça, tronco e membros em discursos de candidatos fanáticos.
Hoje, infelizmente, coleguinhas que se inebriam por aí, nessas redes sociais que atraem maluquices sem fim, repetem conceitos, preconceitos e prejulgamentos que não têm o mínimo amparo em fatos. Simplesmente em fatos.
Resultado: em vez de jornalistas, viraram militantes mais apaixonados, mais radicais, mais imoderados e mais assustadoramente preconceituosos do que os candidatos que declaradamente apoiam, muito embora não confessem nominalmente isso com todas as letras.
Uma pena que o jornalismo tenha resvalado para essas paixões, que sempre me apavoram, como eu já disse aqui neste blog.
Mas ainda há tempo de sermos mais jornalistas.
Eu acho!

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