sexta-feira, 3 de junho de 2016

Ônibus: nova lei tem tudo para virar "potoca"


Do jornalista Francisco Sidou, por e-mail, uma postagem que também se encontra em seu perfil no Facebook.

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Agora é lei na capital do Pará. Todos os assentos nos transportes coletivos urbanos de Belém são preferenciais para grávidas, mulheres com crianças de colo, obesos, idosos e pessoas com deficiência física. A lei nº 9.216, de 25 de maio de 2016, foi sancionada pelo prefeito Zenaldo Coutinho e publicada na edição de anteontem do Diário Oficial do Município.
Dessa forma, todo passageiro que não se enquadre entre as prioridades, deverá ceder seu lugar no ônibus, independentemente de tratar-se de cadeira vermelha, como acontecia antes, já que são preferenciais todos os assentos. O prefeito Zenaldo informa, no decreto, que caso algum passageiro se recuse a levantar então o motorista poderá interferir para fazer valer o direito das prioridades.

As empresas e concessionárias de transporte coletivo ficam obrigadas a afixar placas informativas nos veículos, em locais de fácil visualização dos passageiros e do público em geral. A lei sancionada “é de caráter educacional, punindo os infratores apenas com a desocupação do assento, podendo haver interferência do motorista do ônibus, se necessário”.
Data venia, senhores, apesar da louvável iniciativa do vereador Fernando Carneiro, essa é mais uma lei municipal para não "vingar". Quem anda de ônibus, como este jornalista, pode constatar diariamente cenas explícitas de desrespeito e até de deboche contra idosos, que se viram como podem para não cair a cada nova freada dos coletivos lotados. Essa conscientização que o prefeito pede - certamente ele não anda de ônibus - não se consegue com um Comunicado afixado no interior dos coletivos. Essa é uma questão de educação de "raiz", que não se aprende na escola. Vem de casa. Essa é mais uma Lei que não vai vingar. Transferir a fiscalização da nova lei para motoristas e cobradores é cômoda para o poder público, mas inócua para seu fiel cumprimento. Mais prático e racional seria reservar um lado do ônibus, com 50% dos assentos preferenciais. Ficaria  mais constrangedor para as pessoas invadirem esse espaço, pois estariam  mais visíveis e expostas em sua falta de civilidade e cidadania.

5 comentários:

Anônimo disse...

Não vinga porque o ser humano é egoísta. Por isso o socialismo não dá certo.

Anônimo disse...

Bons tempos aqueles em que minha mãe mandava eu levantar do banco para ceder o lugar a alguém. E não tinha lei nº tal ou qual. Como dito pelo Sidou, existia a lei da boa educação. Agora, as pessoas sentam nos bancos reservados aos idosos e, automaticamente, passam a dormir. Já notaram? Ou só olham para o lado de fora dos ônibus para "fingir" que não estão vendo aquele idoso ou grávida à sua frente, de pé.

Melhor que leis , seria que a própria coletividade que está no ônibus fizesse fazer valer a regra. Mas infelizmente isso raramente ocorre. A maioria ignora, finge que não vê e fica quita. Duvido que, se todos os passageiros se manifestassem, os cretinos não sairiam do lugar.

Kenneth

Francisco Sidou disse...

Tens razão, nobre amigo Kenneth. Só a "cobrança" dos próprios passageiros poderia fazer essa Lei vingar. Do contrário, será apenas mais uma Lei inócua, com "pitadas" de demagogia em vésperas de eleições municipais.

Anônimo disse...

Por isso temos os governantes que merecemos. Imbecis,oportunistas, etc.

Anônimo disse...

Não vinga, pela ignorância e falta de educação dos cavalos que andam de ônibus. Pouco são os educados e, por serem assim, acabam perdendo a vaga para os cavalos que só faltam se jogar sobre eles(as).