A Justiça Criminal ouve pela primeira vez amanhã, sexta-feira, o engenheiro Carlos Augusto de Brito Carvalho, mandante confesso da execução do também engenheiro e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA) Raimundo Lucier Marques Leal Junior, 59 anos, morto com três tiros, em agosto do ano passado, na avenida Duque de Caxias, entre as travessas Enéas Pinheiro e Pirajá, no bairro do Marco. Na mesma audiência, também será inquirido Edmilson Ricardo Farias, 22 anos, o “Juca”, apontado como o autor da execução.
No dia 25 de setembro passado, a Justiça ouviu o depoimento, na condição de testemunhas, de Fátima Leal, mulher de Raimundo Lucier, e de uma filha do casal. Ex-policial militar, que presenciou o crime e depôs na mesma ocasião, encapuzado, reconheceu os envolvidos no crime e contou detalhes.
"Eu vinha de moto quando vi um homem no canteiro central, que me chamou atenção. Em seguida, antes do retorno na Duque, vi o pálio prata (veiculo da vítima) fazer o retorno. Como ele vinha em alta velocidade, buzinei para ele parar, senão poderia me atropelar, quando ele parou o homem que estava no canteiro veio e deu o primeiro tiro e depois mais quatro tiros. O assassino correu e pegou carona na moto e fugiu. Pensei em seguir, mas ele poderia atirar em mim. Então fui socorrer a vítima, mas vi que já estava morto", explica uma das principais testemunhas do caso, que identificou o executor do crime com facilidade, após ser confrontado com três homens - um deles era Edmilson. Apenas o motoqueiro estava de capacete, mas ele não cobriu o rosto. Eu estava a cinco metros do executor, posso reconhecê-lo em qualquer lugar", garantiu.
O motoqueiro a que se referiu o ex-policial é Allan Franklin Ferreira Rego, 21 anos, que confessou a participação no crime, por ter dado fuga ao atirador, e também está preso.
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