sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Vamos discutir o futebol. E a corrupção, é claro.

Afinal, corrupção é corrupção?
Ou há uma corrupções e corrupções?
A corrupção no futebol, objetivo de pronunciamentos que o senador Mário Couto (PSDB) tem feito ultimamente, é menos corrupção que outras, sobretudo aquelas que medram, florescem, proliferam em vários segmentos, inclusive o político e o empresarial, apenas para ficar em dois, digamos, mais vistosos.
Ao ler a postagem "A guerra está apenas começando", avisa tucano à FPF, leitor deixou um comentário opinando que há assunto mais importante para se tratar do que futebol.
Vejam o que disse um Anônimo, em resposta:


O futebol é, sim, um assunto importante se tivermos em mente que hoje se trata de um esporte que assumiu os contornos de uma atividade capitalista capaz de gerar empregos, entretenimento, negócios de diversos (nas áreas de marketing, hotelaria, etc.). O futebol bem gerenciado, de forma capitalista eficiente, pode contribuir fortemente para que Belém do Pará e até mesmo outras áreas do Pará produzam empregos, tornando atrativa uma modalidade esportiva que hoje é administrada ou conduzida de forma completamente amadora pela incompetente direção da FPF. 
O senador Mário Couto não está, portanto, equivocado quando investe no aprimoramento do futebol paraense.

Mas o leitor que motivou o comentário insiste em que o senador deveria tratar de assuntos mais importantes. E acrescenta:


Acrescento que o paraense é apaixonado por futebol essa paixão repercute em todo o país. No entanto, a má gestão do futebol pela FPF e dos clubes por seus dirigentes têm afastado perigosamente o torcedor dos estádios, contribuindo para um arrefecimento do interesse por essa modalidade esportiva, a mais amada do nosso planeta. 
Além disso, futebol pode se articular com a educação esportiva de crianças carentes nas escolas com resultado benéficos para todos por razões óbvias. É pouco sexo dos anjos discutir se é mais ou menos importante do que outros temas (já que no Brasil as necessidades são imensas em todas as áreas); o que importa é aproveitar a iniciativa de um parlamentar relevante para apoiá-lo, fortalecendo o futebol paraense pela mudança no seu, digamos, designer atual. 
Assim, proponho três pontos para a mudança que podem (e devem) ser realizadas: a) mudança no regimento da FPF para limitar os poderes do seu presidente (por exemplo, permitindo uma única reeleição e não a eternização no cargo, como sucede agora); b) autonomia efetiva do Judiciário Desportivo, uma vez que hoje funciona na sede da FPF; e c) democratização da gestão dos clubes pela eleição direta dos presidentes pelos sócios, o que os obrigará a prestar contas aos associados e não aos sempre pusilânimes conselhos deliberativos.

O Anônimo aborda questões interessantíssimas - e das mais pertinentes.
A essas três proposições, deveria ser acrescentada uma quarta: profissionalizar a gestão dos clubes paraenses.
Isso também é essencial.
Porque não se admite que clubes do Pará sejam e já tenham sido geridos, muitas vezes, por personagens bem-sucedidos em suas atividades profissionais, inclusive no ramo empresarial, mas continuem patinando em gestões amadoras, ineptas, que acabam por deixar sem salários pobres funcionários, para não falar nos próprios atletas.
Descontadas as paixões e os excessos que o senador Mário Couto desperta, por ser, indiscutivelmente, um parlamentar polêmico que também levanta temas polêmicos, tomara que este momento sirva, pelo menos, para fazer com que a gestão do futebol paraense, aí incluídos a Federação, as Ligas Esportivas e os clubes, ingressem logo no século XXI.
Porque ainda estão, indiscutivelmente, na Idade Média.

2 comentários:

Anônimo disse...

Em blog até que vai, mas no Senado??!!

Anônimo disse...

Futebol capitalista...impossível não remeter ao nosso querido Clube do Remo.
Há muito tempo que alí, infelizmente, impera um regime totalitário (comunista, socialista, trotskista, stalinista, leninista, maoísta ? sei lá) mais fechado do que na Coréia do Norte.
Uma thurma já jurássica formada por beneméritosauros (pequenos e grandes), conselhosáuros, pterocadeais e outras feras se perpetuam elegendo sempre os mesmos "sáuros".
O mais grave é que esses sáureos se alimentam sugando sem piedade a TORCIDA AZULINA que ainda teima em se reproduzir continuamente enganada por promessas de GLÓRIAS E TRIUNFOS DO PASSADO.
Essa casta jurássica só tem medo mesmo é de REMOCRACIA.
Acorda FENÔMENO AZUL!! Vamos reagir!!