Rolo compressor à vista. Mas o jogo ainda não começou.

Prestem atenção nas negociações.
Monitorem a distribuição de cargos no primeiro, segundo, terceiro e quarto escalões.
Atentem – com a máxima atenção, não esqueçam – para as articulações políticas que deverão eleger, ao que tudo indica, o deputado Manoel Pioneiro (PSDB) presidente da Assembleia Legislativa, no pleito marcado para fevereiro.
Confiram os partidos da base aliada do governo Simão Jatene.
Contem nos dedos.
Se tudo der certo, se os cargos foram distribuídos na medida das ambições de cada um, se as compensações políticas ficaram, como diríamos, no jeito, não há dúvida de que no dia 1º de fevereiro termos um rolo compressor dando partida na Assembleia Legislativa.
Se tudo certo, dos 41 deputados com assento na Assembleia, apenas e tão somente nove vão fazer oposição ao governo Jatene.
Dos nove, um é o deputado Edmilson Rodrigues (PSOL).
Os outros oito são petistas: Carlos Bordalo Chico da Pesca, Valdir Ganzer, Bernadete Ten Caten, Airton Faleiro, Edilson Moura, Zé Maria e Milton Zimmer.
Sua Excelência o governador Simão Jatene deve estar, é claro, saltitante com isso.
Com sua base política buiada, bamburrando desse jeito, que governador não ficaria saltitante?
Convém, no entanto, ter cautela.
Apoios políticos de menos são capazes de inviabilizar.
Apoios políticos demais, apoios políticos em excesso - próximos à unanimidade - podem levar a relaxar no colchão da própria supremacia.
Apoios políticos em excesso podem levar a concessões em excesso.
Apoios políticos além da conta podem levar, enfim, a práticas podem não ser - para usar aquela expressão inédita (rsss) – republicanas.
Até agora, só existem as adesões.
As contrapartidas vêm depois.
Porque o jogo, de fato, ainda não começou.

Mas está para começar.