terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Os ministros tuiteiros e suas tuitadas

Olhem só.
Vejam como são as coisas.
De sexta-feira para cá o blog tem discutido o Twitter e autoridades que se tornaram tuiteiros - e tuiteiras.
Pois vejam a matéria abaixo.
É da Agência O Globo.
Está publicada na página 2 do caderno Poder de O LIBERAL de hoje.
O título da matéria: "Até receita sai entre os ministros tuiteiros"
Lobo abaixo, a abertura: "TUITADAS - Vários deles [dos ministros] se expõem no microblog, o que às vezes pode ser comprometedor".
A seguir, a íntegra da matéria da AG, reproduzida em O LIBERAL.

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No seu discurso de posse, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez questão de ressaltar sua condição de "ministro tuiteiro, que explora a rede social". Mas Padilha não está sozinho. Pelo menos dez outros ministros do governo Dilma - uns com mais, outros com menos comedimento - usam essa ferramenta. Mas Padilha é daqueles que faz uso desmedido do twitter, onde posta não só sua agenda de trabalho mas informações da vida privada, tipo: "vi minha foto no Hemorio (onde doou sangue semana passada). Preciso praticar exercícios também" - postou o ministro da Saúde, numa referência a sua forma física.
Dos onze ministros que recorrem ao hábito do twitter, nove são do PT. Outro viciado nessa rede é o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que faz do espaço uma extensão de sua cozinha, como na manhã de domingo: "Estou preparando um molho para macarrão...1 cebola, 1 cabeça de alho, 1 pimentão. Refogue. 1 Cassino de molho dobrado c/ água. Azeitona só depois que ferver bem". No mesmo espaço, mais tarde, ele informava que mantinha contato com o ministro da Educação, Fernando Haddad, para tratar de questões do Sistema Unificado de Seleção (Sisu), que enfrentou problemas.
Em função da nova missão, de ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, agradece as mensagens postadas mas ressalta que "agora, como ministro, devo conversar um pouco menos por aqui". O que, de fato, ocorreu. Cardozo não tem recorrido à rede com frequência, ao contrário de Bernardo e Padilha. Garibaldi Alves, da Previdência, além de toda sua agenda, inclui fotos de seus eventos no twitter: como sua participação na procissão de Santos Reis, em Natal.

Comedimento
As ministras são mais contidas e mais sóbrias. Ana de Hollanda, da Cultura, não é uma tuiteira contumaz. Suas intervenções são poucas e envolvem questões de trabalho. "Quero voltar em momentos mais alegres. Hoje viemos em missão de solidadriedade, para ajudar Goiás Velho", afirmou numa visita à histórica cidade goiana, castigada pelas chuvas.
Helena Chagas, de Comunicação Social, usa o espaço para dar esclarecimentos sobre a presidente: "Pessoal, só esclarecendo: a presidenta Dilma não tirou o crucifixo da parede de seu gabinete", sobre o noticiário envolvendo mudanças que Dilma fez no gabinete presidencial. Mas também rebate algumas provocações: "não vejo incompatibilidade em ser jornalista e ministra".
Os outros ministros do PT que recorrem ao twitter são Fernando Pimentel (Desenvolvimento e Comércio), Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), Maria do Rosário (Direitos Humanos), Iriny Lopes (Secretaria das Mulheres) e Luiz Sérgio (Relações Institucionais).
Mas informações demais no twitter podem virar contra o tuiteiro. Foi o caso do próprio Padilha. Pela rede, foi possível descobrir, durante a campanha eleitoral, que ele, então ministro de Relações Institucionais, estabelecia uma agenda casada de visita a obras e reuniões do CDES, o chamado conselhão, com a da então candidata Dilma.

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