segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Duciomar, enfim, pôs o povo no poder


Hehehe.
Duciomar Costa, Sua Excelência o dotô prefeito de Belém, conseguiu o impossível.
Fez o que só os manuais das revoluções socialistas previam.
Fez o que apenas se ouvia nas pregações, das perorações, nos discursos.
Duciomar, o nosso huno, enfim pôs o povo no poder.
No desgoverno Duciomar, o povo, no muque, é que está governando.
Olhem a foto acima.
Foi clicada pela repórter-fotográfica Camilla Lima.
A foto foi estampada na capa de O LIBERAL da última sexta-feira.
Mostra moradores do bairro do Télégrafo pintando sinais de “pare” e faixas de pedestres no cruzamento da rua do Una com a travessa de Magno de Araújo.
Por quê?
Porque o dotô, aquele que dorme como um passarinho, sem culpas quaisquer, simplesmente destroçou, abandonou, desprezou a sinalização de trânsito em Belém, aí incluída a semafórica, a horizontal, a vertical, a transversal, a paralela, a elipsoidal, enfim, qualquer uma.
Ou seja, de cada dez pedestres e motoristas que circulam em Belém, nove e meio estão expostos a riscos, porque a sinalização da cidade, a rigor, praticamente não existe.
Por isso é que os moradores do Telégrafo resolveram fazer o que a prefeitura de Duciomar não faz.
Resolveram governar, administrar, gerir uma parte da cidade.
É uma partezinha, sem dúvida.
Mas a partezinha governável pela população é emblemática da acefalia em que Belém se encontra.
Na próxima quarta-feira, Belém completa aniversário.
Completa 395 anos.
Duciomar, vocês sabem, vai distribuir medalhas e condecorações a rodo.
Até a pet aqui da redação - linda e discreta - recebeu uma formal comunicação de que vai ganhar a sua.
Mas não vai.
Já se sabe que não vai.
Ela mesma, quando soube que Duciomar é que iria homenageá-la, resolveu não ir.
Vai latir em outra freguesia.
Muito bem.
Em vez de Duciomar distribuir medalhas e condecorações, ele é que deveria ser medalhado e condecorado.
Por ter permitido, com sua inação, com a inépcia de seu governo, que o povo tomasse o poder.
Tomando-o, o povo fez, por suas mãos, o que Duciomar nunca fez.
Governou.
Toma-te!

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