Do advogado Paulo André Nassar, sobre a postagem Exploração madeireira sustentável é a saída:
A burocracia e a corrupção da Sema inviabilizam que o pequeno proprietário viva da floresta que existe em seu terreno.
A saída é vender madeira "fria", que não vale nem 5% do preço da madeira legal. O mogno extraído ilegalmente em 2008, por exemplo, valia R$ 30/m3, enquanto o legal variava entre R$ 200 e R$ 600.
Criar mecanismos de remuneração pela preservação da floresta, como os REDD, pode ser uma alternativa ao extrativismo.
As COPs são o ambiente internacional para isso, mas os desenvolvidos não parecem interessados nessa possibilidade.
Mesmo que sejam criadas, com a burocracia corrupta da SEMA não darão alento ao pequeno proprietário.
2 comentários:
Somente os pequenos e comunitarios deveriam explorar a floresta para abastecimento local de madeira. Devemos abolir o grande grupo madeireiro, principalmente o internacional ou multinacional. Mas está ocorrendo o contrario, estamos tirando o pequeno que quase na ofende a floresta e deixando somente os grandes predadores multinacionais. Essa é a logica da economia paraense.
Quando TAILANDIA vai ter a resposta desta corrupção?
Quadrilha da madeira lucra R$ 90 milhões
www.orm.com.br/ O LIBERAL
Denúncia
Este é o valor que o grupo criminoso arrecadou com fraudes no Pará
CARLOS MENDES
Da Redação
Quatro promotores de justiça do Pará abriram investigação criminal para apurar um esquema de extração ilegal e venda de madeira e carvão em municípios do leste do Estado que tem como sede o município de Tailândia, hoje ocupado da Força Nacional de Segurança que combate os crimes ambientais por tropa. Para derrubar a floresta e 'esquentar' cerca de 120 mil metros cúbicos de madeira ilegal, que teriam gerado R$ 90 milhões para os bolsos da quadrilha, seis projetos de licenciamento ambiental e exploração florestal foram fraudados, no final de 2006, dentro da então Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectam) do Pará, hoje Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), por servidores e técnicos que estão sendo investigados.
Os projetos fraudulentos, que estavam em nome de quatro pessoas e foram aprovados no tempo recorde de 18 dias, eram de áreas devastadas há mais de 15 anos. Não havia mais floresta no lugar. Os papéis aprovados foram vendidos pelos beneficiários a madeireiros da região. A segunda parte do plano foi financiar invasões de terra para a retirada da madeira de áreas onde ainda havia floresta em pé. Os invasores, conhecidos em Tailândia e municípios mais próximos como 'sem toras', se encarregaram de fazer o serviço com tratores, motosserras e caminhões das madeireiras.
A partir daí, a madeira passou a ser comercializada à vontade e sem qualquer fiscalização dos órgãos públicos. Os promotores suspeitam que nenhuma vistoria foi feita pelos técnicos do governo antes da aprovação dos projetos. Um detalhe chama a atenção na fraude: os documentos desapareceram da Sema depois de a madeira ter sido toda extraída e vendida para compradores que a investigação ainda não conseguiu identificar.
Até hoje esta maracutaia é um tramite corriqueiro na região.
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