No AMAZÔNIA:
Três anos depois de sua segunda passagem pelo Remo, o meio-campista Vélber, 31, está de volta ao Baenão. O jogador, que fechou contrato ontem com o clube, após alguns dias de negociações com os dirigentes à surdina, promete apagar a má impressão deixada em 2007, quando fez parte do elenco do Leão, que caiu para Série C do Brasileiro.
'Sinto-me na obrigação de recolocar o Remo na elite do futebol brasileiro', diz. O 'Risadinha', como é conhecido, garante que já está totalmente recuperado do problema na coluna, que o prejudicou no Paysandu. No Baenão, Vélber afirma que se sentirá em casa, já que conhece alguns jogadores do elenco por ter jogado junto ou enfrentado.
Um dos velhos conhecidos é o meio-campista San, justamente com quem disputou a jogada que provocou a lesão nas costas do atleta. A amizade entre ambos, porém, conforme assegura Vélber neste bate-papo, não foi abalada. 'Foi um lance de brincadeira, sem qualquer intenção maldosa', garante o novo apoiador remista na entrevista a seguir.
O que o levou a aceitar o convite para voltar ao Remo, de onde você saiu sob protestos dos torcedores, que não aceitavam sua ida para o maior rival?
O que me trouxe de volta foi a vontade de querer jogar outra vez pelo Remo. Como falei para o presidente (Amaro Klautau), hoje (ontem), me sinto em dívida com a torcida azulina. Joguei bem pela Tuna Luso e fiz o que fiz pelo Paysandu. Agora, mais do que nunca, me sinto na obrigação de dar um título à torcida remista. Preciso ajudar a tirar o Remo dessa situação e ajudá-lo a levar de volta à elite do futebol brasileiro.
Fisicamente, como você está?
Estou bem apesar de ter encerrado o meu contrato em setembro com o Paysandu. Continuei fazendo musculação. Estou me sentindo muito bem. Não estou no mesmo nível do pessoal que está aqui (no Baenão), mas acredito que dentro de dez, 15 dias já estarei em plena a forma e pronto para voltar a jogar bem e dar alegrias aos torcedores.
Você está chegando ao Remo e encontra um novo grupo, quem já é conhecido seu?
Tem alguns jogadores com os quais joguei junto e outros que conheço de ter enfrentado. O Fabrício Carvalho, por exemplo, jogou comigo no Itumbiara-GO. Tem o Gian, com quem também já joguei, e o goleiro Adriano, um grande amigo. Tenho certeza que vou voltar a me sentir em casa.
Qual é o tempo de contrato com o Remo?
Meu contrato tem a duração de um ano. Vai até o dia 18 de dezembro de 2010. Espero que esse contrato possa fazer bem não só para mim, mas também para o Remo e, principalmente, para a torcida azulina.
Desde quando você vem negociando com a diretoria do Remo?
Conversamos há algum tempo. Inclusive fiz os exames médicos à surdina hoje (ontem) e vim aqui (Baenão) só para assinar. Foi tudo muito bem encaminhado. Os médicos do clube já aprovaram as avaliações que fiz. Estou pronto para começar a trabalhar normalmente.
Você no Paysandu teve duas fases, uma boa e uma ruim, por causa do problema na coluna, isso já foi resolvido?
Essa questão já foi toda resolvida. Estava bem no Paysandu até a cirurgia. Depois não consegui voltar com o mesmo condicionamento físico. Forcei de mais e a coluna sentiu. Mas graças a Deus isso já está superado. Agora espero ser no Remo até mais brilhante do que fui ao Paysandu. A torcida pode esperar que vá dar tudo de mim.
O curioso é que o seu problema na coluna surgiu em uma jogada com o San, que agora voltará a jogar com vocês no Remo...
É verdade. Mas aquilo que aconteceu foi uma coisa sem a intenção de machucar. Somos grandes amigos. A minha vinda para o Remo só vai servir para aumentar ainda mais a nossa amizade. Temos um bom relacionamento que pode se solidificar.
Com 31 anos, você ainda pretende jogar mais quantos anos?
Sou um atleta que se cuida muito. Não bebo, não fumo, sou um cara muito família. Acredito que ainda conseguirei jogar mais uns quatro, cinco anos.
Qual foi sua avaliação da primeira passagem que teve pelo Remo?
Acho que ali começou tudo para a minha carreira em termos de sucesso. A fase que tive no Remo, tecnicamente, foi excelente, em minha opinião. Tanto que despertou o interesse do Paysandu. Até hoje me lembro de tudo o que aconteceu comigo naquela época. O gol de falta que fiz contra o Botafogo, no Maracanã, onde pisei pela primeira vez continua guardado na minha memória. Isso marcou muito na minha vida. Foi, sem dúvida, o grande momento da minha carreira.
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