No AMAZÔNIA:
No Remo, a situação é a mesma, só que em menor proporção. A primeira leva de contratados teve 16 jogadores, mesma quantidade que o Paysandu, embora o resultado tenha sido pífio. Na segunda, para 2010, já vieram nove contratados até a última sexta-feira. Esse número provavelmente crescerá até o início do Parazão, pois a diretoria já anunciou a intenção de trazer mais seis jogadores: um goleiro, um lateral, dois meio-campistas e um atacante.
Lucival Alencar, vice-presidente de futebol, pelo menos reconhece as causas da farra nas contratações. 'Não temos uma base consistente. Aí ocorre a rotatividade. Contratamos essa quantidade porque queríamos formar um plantel e não um time de futebol. E, quando chegar em junho do ano que vem, vamos começar tudo de novo', diz Alencar. 'Sabe quando isso vai terminar? Quanto tivermos um CT e categorias de base fortes para preparar os jogadores', aponta o dirigente, ex-diretor de futebol amador do clube.
Embora fortalecer as categorias de base seja a principal solução apontada para frear as contratações, o Remo perde mais jogadores do que aproveita. Da Silva, Cicinho, Felipe Mamão, Adriano Miranda, André Rocha e Maurício Oliveira são só alguns dos que deixaram o clube nos últimos anos. O motivo é sempre o mesmo: atrasos salariais, convites mais atraentes e multas rescisórias pequenas demais para prendê-los aos clubes.
Diferente do Paysandu, que renovou com o meia Zeziel, o Remo não aproveitou um jogador sequer da primeira série de contratações. Nem Rogério Corrêa e Jaime, que agradaram à torcida. Para Lucival Alencar, o motivo da demissão foi a falta de calendário e o baixo rendimento dos contratados. 'O que o Jaime provou aqui no Baenão? E o que o Bebeto provou? Nós tivemos critério para contratar, mas, se tivéssemos condições, contrataríamos jogadores de melhores níveis', diz o vice-presidente de futebol.
Os 13 amistosos no interior também não renderam nada para o Leão em termos de contratação. O único atleta 'pescado' foi o volante Alan, de Almeirim, transferido do profissional para o sub-17. 'Lá foi a única cidade em que jogamos que colocou jogadores da terra para enfrentar o Remo. Teve jogador que enfrentamos três vezes durante esse período no interior', conta Lucival Alencar.
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