Aluna leva cadeirada na cabeça em escola

No AMAZÔNIA:

A Escola Estadual Justo Chermont, no bairro da Pedreira, foi palco de um ato de vandalismo que acabou em violência, ontem de manhã. Uma aluna, que ainda não foi identificada pela direção, arremessou uma cadeira do 2º andar do colégio e atingiu a cabeça de outra adolescente da 7ª série, de apenas 16 anos, que se encontrava no andar de baixo. A jovem estava desacordada quando foi encaminhada para o Pronto-Socorro Municipal da 14 de Março, no Umarizal, e sangrava bastante. Todos os alunos tiveram que ser liberados mais cedo.
A adolescente, que é filha da feirante Edna Santos, teve que ser submetida a exames de raios X e neurológicos no hospital. Até o fechamento desta edição, o resultado ainda não havia sido divulgado para a imprensa.
Segundo testemunhas, o problema aconteceu na hora do intervalo. Primeiro, várias lixeiras foram atiradas do segundo andar do colégio. Logo depois, veio a cadeira que acertou em cheio a cabeça da estudante, que estava sentada no pátio lendo um livro. Elas disseram ainda que nenhuma das meninas tinha um histórico de agressividade. Porém, a diretoria da instituição nega que a agressora já tenha sido identificada.
De acordo com Marcelina Almeida, vice-diretora do colégio Justo Chermont, o que ela conseguiu ver foi apenas uma aglomeração no horário do intervalo, mas não que pudesse incriminar qualquer aluno da escola. E explicou que sua reação imediata foi de ligar para o 192 para providenciar socorro médico para adolescente. A Companhia Independente de Polícia Escolar (Cipoe) também foi acionada, mas ninguém foi detido.
Assim que a agressora for identificada, Marcelina Almeida informou que ela será encaminhada para a Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data). Esta foi a primeira vez que um ato violento aconteceu na instituição de ensino, segundo a vice-diretora. 'Ficamos preocupados com esse tipo de coisa acontecendo debaixo dos nossos olhos. A escola, além de educar, tem o papel de instruir, e é isso que vamos fazer daqui para frente para que situações como esta não se repitam', disse.
A ideia da vice-diretora é reunir professores e coordenação para fazer um trabalho conjunto de educação social com os alunos do colégio Justo Chermont.
Mãe - A mãe da adolescente agredida, Edna Santos, chegou na escola quando a filha já estava dentro de uma ambulância a caminho do PSM da 14. Desesperada, e entre as poucas palavras que trocou com a imprensa, ela confessou que seu único sentimento era o de revolta. 'Minha filha estava quieta e, de repente, uma ‘vagabunda’ atira uma cadeira nela. É um absurdo', disse.
De acordo com a tia da menina, Edilena Sanches, ela chegou ao hospital com fortes dores na cabeça e chegou, inclusive, a soltar sangue pela boca. O diretor administrativo do PSM, Charles Souza, informou que ela teve que ser submetida a exames. 'Só o resultado dos exames vai poder revelar o real estado da menina', explicou.