segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Alívio azul, crise bicolor

No AMAZÔNIA:

A torcida bicolor sequer comemorou o gol do zagueiro Bernardo, aos 36min do segundo tempo. Àquela altura do Re x Pa disputado ontem, no Mangueirão, o Paysandu não tinha mais condições de alcançar o Remo. Samir, Fabrício e Heliton já haviam marcado para o Leão. Apesar da falta de entrosamento, os azulinos foram superiores. E o placar do jogo não poderia ter sido mais justo: 3 a 1. Do lado remista, ficou o alívio. Do bicolor, a sensação de que, até agora, todo o trabalho foi em vão.
O primeiro tempo deu sono de tão parado. Embora tenha atacado mais, o Remo pecou nas finalizações. Os atacantes Heliton e Samir só conseguiram chegar à mesma afinação na etapa final. Enquanto isso, o Paysandu revelava-se uma equipe apática, sem qualquer entrosamento ou arrumação tática. O Leão desperdiçou três chances de abrir o placar. O Paysandu nem isso. A equipe bicolor só chegou à área azulina aos 27, com jogada de Tácio, que, como todas as outras não deram em nada. Os primeiros 45 minutos mostravam que aquele seria um jogo para irritar qualquer torcedor.
Na segunda etapa, a história foi outra. Aos 2, Heliton invadiu pela lateral e lançou para Samir, sem marcação, fazer o gol e iniciar uma nova partida. Essa foi só a primeira jogada da dupla azulina, em grande parte responsável pela vitória. E apenas a primeira falha na zaga bicolor, que também pode ser culpada pelo placar. O Paysandu, depois do gol, acordou para a partida e passou a atacar com mais frequência. A zaga, porém, ficou descoberta para os contra-ataques do Leão. O erro saiu caro. Aos 14, Samir tocou para Fabrício Carvalho, sozinho, cara a cara com Naldo, marcar o segundo do Remo.
Os bicolores mal tinham se recuperado e, aos 17, Heliton aumentou a vantagem azulina. O atacante, considerado o melhor jogador em campo, se livrou da defesa, deixou o goleiro Naldo no chão e marcou o terceiro do Leão. Minutos depois, uma cena inusitada. Consciente das cobranças sofridas por time e comissão técnica, o atacante Zé Augusto, substituído por Bruno Rangel, levantou-se do banco de reservas e foi até o treinador Nasareno Silva para cochichar algum conselho. O técnico deu de ombros e ficou calado, sem repassar nada ao time.
A torcida do Paysandu começou a deixar o Mangueirão quando Bernardo, de cabeça, amenizou a derrota. O Papão saiu do zero aos 36, mas a frustração era tamanha que o lado bicolor do estádio ficou calado depois do gol. Enquanto isso, os azulinos gritavam 'olé' para a equipe, que continuava insistindo. O Remo jogou para o gasto. Mesmo assim, saiu em grande estilo do jejum de vitórias após três amistosos. Já o Paysandu mostrou uma face desfigurada, que precisará de mais competência e empenho para não sofrer novas humilhações na temporada 2010. E o clássico, de amistoso só teve o nome.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ah se o Clube do Remo (leia-se:diretoria) soubesse dimensionar a grandeza da sua torcida, SEU MAIOR E ÚNICO MEGA-PATRIMÔNIO!
Ah se o Clube do Remo (leia-se:diretoria) acreditasse na coragem a na vibração da torcida azulina e finalmente fizesse contratações à altura do FENÔMENO AZUL!

Anônimo disse...

ATLETAS AZULINOS SOMOS NÓS...