quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Violência ronda escola

No AMAZÔNIA:

'Todo dia tem alguém que foi assaltado aqui perto.' A frase, repetida por professores da escola Hilda Vieira, revela a situação dos conjuntos Médici I e II, no bairro da Marambaia. Os moradores confirmam a tensão vivida diariamente por causa dos assaltos que ocorrem de manhã, à tarde e à noite e cobram melhor policiamento e iluminação pública.
O presidente da Associação dos Moradores do Médici I, Paulo Moraes, relata diversos episódios recentes de assaltos e abusos contra mulheres na rua Maracanã e suas transversais. Ele próprio foi assaltado dentro de casa, este ano, por homens armados.
Na travessa Muaná, outra vítima teve o carro roubado na semana passada, enquanto outra moradora acumula três assaltos na volta para casa. Moraes afirma que a situação está pior que ano passado e que a atuação dos bandidos é facilitada tanto pela falta de policiamento quanto por desserviços urbanos.
O presidente da entidade civil reclama, por exemplo, que a falta de podagem das árvores que cercam um campo atrás do Hilda Vieira torna a área mais arriscada. Ele revela que já cobrou o serviço da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), mas não obteve resposta.
Moraes cita também a iluminação pública precária nas áreas com maior número de assaltos. Alguns pontos são críticos como as paradas de ônibus próximas aos colégios Hilda Vieira e Franscisco Nunes, o Integrado, que vivem às escuras.
Quem trabalha nas escolas confirma o problema e diz que, ao sair da unidade escolar, funcionários e alunos vivem a tensão de chegar aos seus destinos sem ser assaltados. O vice-diretor Raimundo Queiroz conta que até já mudou seu itinerário para tentar driblar os locais mais arriscados.
A coordenadora pedagógica Margareth Souza conta que tem se evitado sair sozinha da escola e é cada vez mais comum um funcionário esperar por outros que farão o mesmo trajeto. A professora Célia Lobato, assaltada há seis meses, afirma que o problema se estende ao conjunto vizinho ao Médici, o Euclides Figueiredo.
A diretora da escola, Maria do Céu Santos, afirma que a rotina escolar ainda não foi alterada por causa da violência que impera da porta para fora. Mas ela revela que a unidade já teve policiamento fixo até o semestre passado. O serviço cessou por motivos que ela desconhece.
Muro - Não bastasse a violência, as pessoas que utiliza o campo atrás da escola Hilda Vieira teme que o muro que separa os dois espaços caia em cima de alguém. Ele está tombando, problema que a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) já foi informada, mas ainda não providenciou o conserto.
Outra parte do muro que também estava ameaçando cair foi consertada ainda em 2007. De lá para cá, nada mais foi feito.

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