No AMAZÔNIA:
O município de Novo Progresso e o distrito Castelo de Sonhos, em Altamira, estão sem energia elétrica deste o último sábado. Mais de 25 mil pessoas foram atingidas pelo apagão. Por volta de 21 horas, o fornecimento de luz foi interrompido devido à queda de uma das torres de transmissão de 138 Kv localizada na fronteira com Mato Grosso, na Cachoeira da Serra. Segundo informações da assessoria da Celpa, responsável pelo abastecimento de energia no local, colonos que moram ás proximidades da linha de transmissão derrubaram a torre em protesto porque a energia elétrica não chega à comunidade. A polícia de Novo Progresso informou que até a manhã de ontem a Celpa não havia feito nenhuma ocorrência sobre o caso.
Por conta da falta de luz, a área atingida está sem água desde domingo. Dois carros-pipa da Prefeitura de Novo Progresso estão fornecendo água para a delegacia e para o hospital da cidade, que funciona graças a um gerador. As escolas suspenderam as aulas. Na cidade, cerca de 20 ocorrências criminais deixaram de ser realizadas devido à falta de energia, que impossibilita o acesso ao sistema da Polícia Civil.
Segundo o delegado de Novo Progresso, Lucivelton Ferreira dos Santos, a situação também atrasou vários inquéritos. 'Tivemos que enviar documentos escritos à mão para o juiz, explicando que os depoimentos não foram cumpridos porque a delegacia está às escuras. Esperamos que compreenda. Mas não temos perspectiva de quando os inquéritos serão retomados', diz.
Celpa - A assessoria da Celpa informou que a torre danificada era muito alta e uma das principais na transmissão de luz, por isso, não há previsão de quando o serviço será restabelecido. Ainda segundo uma nota enviada à imprensa, a Celpa afirma que equipes de manutenção foram enviadas para o local e enfrentam dificuldades devido o difícil acesso na BR-163. A concessionária também enviou técnicos em uma aeronave para sobrevoar o local e realizar um diagnóstico mais preciso sobre os estragos causados à torre.
Essa é a segunda vez que Novo Progresso fica às escuras por conta da depredação a torres de transmissão. Um caso parecido foi registrado em fevereiro deste ano. A concessionária afirmou que vai tomar medidas junto às autoridades para evitar novos ataques.
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