sábado, 21 de novembro de 2009

Um dia para indagar, e não para comemorar

Carlos Brito, estudante de Jornalismo, fez o registro do Dia da Consciência Negra.
Foi comemorado ontem, sexta, mas ainda está em tempo de considerar como pertinentes as reflexões de Carlos.
Leiam-nas abaixo.

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Hoje é celebrado em todo o Brasil o Dia da Consciência Negra. A data é dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
Hoje é um dia que não se comemora, se indaga, não se festeja, se faz pensar e resgatar a memória de um povo que teve que lutar e ainda luta para garantir seus direitos. Um povo que amargou e viu seu sangue ser derramado pela cobiça e pela burrice de quem se achava superior.
Passados séculos de uma realidade que ainda assombra e reflete na sociedade atual, o negro, o afro, o preto - ressurge como uma figura que ultrapassa gerações com a esperança e a fé nos orixás ao som dos tambores do fogo, do ar, da água e da terra.
E nessa trajetória a alma da resistência surge na figura de Zumbi dos Palmares, dos negros, dos excluídos, dos cansados de sofrer. Sonhador incansável e guerreiro de nascimento, o rebelde que carregava no peito o orgulho da cor, da cultura e costumes dos filhos da mãe África.
Apunhalado e morto como um animal, o fantasma de Zumbi ainda perturba muitos poderosos e reencarna em muitos guerreiros que lutam pela igualdade, por melhores condições de moradia, de saúde, de educação ... de vida.
Axé aos negros, aos índios, aos brancos...
Axé à vida!

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