quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Torcidas de primeira, cartolas de última

Ao que parece, interesses políticos, sejam lá quais forem, são atualmente os grandes adversários do futebol paraense
Robgol que o diga.
Luiz Omar Pinheiro, idem.
Amaro Klautau, idem idem.
Robgol quebrou o pau.
Acha que Luiz Omar, presidente do Paysandu, cancelou amistoso com o Paixão pelo Pará, time dele, Robgol, por motivação política.
Leiam Robgol:

“Na verdade, não sei nem o que pensar sobre o que está acontecendo. Desde outubro estou tentando a marcação desse amistoso para que pudéssemos fazer uma bela festa de inauguração do placar eletrônico e arrecadar algum dinheiro para ajudar os funcionários do clube no final do ano. Mas, infelizmente, o presidente vem protelando este jogo sem um motivo aparente. Por isso, começo a pensar que tenha alguma motivação política por trás de toda esta situação”.

Pronto.
E Amaro Klautau?
Ele, presidente do Remo, tem sido acusado de orientar-se também por motivações políticas, seja quando insiste nessa proposta absurda de vender o Baenão, seja quando dispensa a colaboração de remistas que gostariam de ajudar a atual administração. É o caso de Antônio Carlos Teixeira, o Tonhão, que inclusive fez críticas públicas ao cartola remista, segundo entrevista publicada no Diário do Pará de domingo.
E aí?
E aí que, entre interesses políticos ou outros interesses quais forem, o futebol paraense continua a ser aquele que, como dizem, tem uma torcida de primeira, um futebol de terceira e cartolas de última.
De última mesmo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Falando de futebol e de cartola, uma pergunta: qual a semelhança entre Luiz Omar, presidente do paysandu e Belluzzo, presidente do palmeiras?
Não sei nada sobre a biografia do cartola bicolor. Quanto a Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, economista de renome e professor, com biografia até então irretocável. Este, apaixonado que é por futebol e por seu time de igual origem italiana, resolveu participar mais ativamente da gestão esportiva.
A expectativa era de que Belluzzo daria ao futebol um tempero de organização, decência, honestidade, bom senso, equilíbrio, qualidade, etc. Pois bem, parece que o economista, aos poucos, está sendo engolido por esse tubarão representado pelos cartolas brasileiros.
Em vez de fazer bem ao futebol, o futebol está lhe fazendo mal, muito mal. Seu comportamento após o jogo contra o fluminense, que resultou em sua suspensão, demonstra claramente isso (sem entrar no mérito da punição). Belluzzo, presidente do palmeiras, aos holofotes se comportou como, como, como...: como Luiz Omar, presidente do paysandu, "o boquirroto”.
Quando chamou o árbitro de ladrão, o cartola paulista justificou: juiz que erra é considerado ladrão pelos torcedores. Então, dentro do contexto, ratificou que o juiz seria ladrão. Belluzzo esqueceu de algo muito importante: ele não é apenas torcedor, é o presidente do clube, e como tal deve se comportar, com a ética, decoro e conduta que lhe são adequados. Se queria chamar o juiz de ladrão, então não daria entrevista como dirigente e se dirigisse lá para a arquibancada. De lá, poderia gritar a vontade: “lacrão, ladrão”. Aí, sim, o contexto estaria adequado.

um abraço

Jorge Alves