No AMAZÔNIA:
O clima nos bastidores do Paysandu está quente. O deputado estadual e ex-jogador Róbson Nascimento, o Robgol, não aceitou calado a decisão do presidente Luiz Omar Pinheiro, que cancelou a realização do amistoso entre o time bicolor e o Paixão pelo Pará, equipe mantida pelo ex-centroavante. A partida, que estava marcada para esta quinta-feira, deveria marcar a inauguração oficial do placar eletrônico doado pelo próprio Robgol. Após ser avisado pelo diretor de futebol Antônio Cláudio da Costa, o Louro, de que o amistoso não seria mais disputado, o deputado e colaborador resolveu deixar de lado a sua habitual diplomacia e bateu firme no mandatário do Papão.
'Na verdade, não sei nem o que pensar sobre o que está acontecendo. Desde outubro estou tentando a marcação desse amistoso para que pudéssemos fazer uma bela festa de inauguração do placar eletrônico e arrecadar algum dinheiro para ajudar os funcionários do clube no final do ano. Mas, infelizmente, o presidente vem protelando este jogo sem um motivo aparente. Por isso, começo a pensar que tenha alguma motivação política por trás de toda esta situação', declarou Róbson, referindo-se às supostas pretensões políticas de Luiz Omar Pinheiro.
Nem a justificativa de que o cancelamento do amistoso atendeu a um pedido do técnico Nasareno Silva, que não quer expor sua equipe em confrontos diante de times amadores antes do Re x Pa marcado para o dia 13 de dezembro, serviu para aplacar a insatisfação de Robgol. 'Se o Paysandu não pode se expor contra o Paixão pelo Pará ou contra qualquer seleção do interior do Estado, então porque eles realizaram um amistoso ‘revanche’ contra a seleção de São Caetano de Odivelas?', questionou o ex-jogador. 'Isso sim foi expor desnecessariamente o clube', criticou.
Irritado, o deputado afirmou que a partir de agora vai adotar uma atitude mais crítica e de maior cobrança em relação à direção do clube. Robgol disse ainda que vai cobrar explicações sobre uma verba de R$ 110 mil que doou ao clube para equipar a nova academia do clube. 'Eu sempre ajudei e vou continuar a ajudar o Paysandu no que for possível. Mas agora vou ter que cobrar algumas coisas da diretoria. Por exemplo, há alguns meses consegui alocar R$ 110 mil para a instalação de uma academia na Curuzu. Posteriormente, o presidente Luiz Omar me pediu para usar esse dinheiro na reforma da concentração e eu concordei. Mas até agora, infelimente, isso não foi feito. E para piorar fiquei sabendo que usaram parte dessa verba, uns R$ 50 mil, para pagar uma premiação aos jogadores', denunciou.
Róbson criticou ainda a falta de organização administrativa do Paysandu. Segundo ele, a falta de organização da atual diretoria vem causando prejuízos e contrangimentos ao próprio clube. 'Na semana passada, eu conversei com o presidente e acertamos um amistoso em Bujaru, no dia 5 de dezembro. Ontem, a prefeita da cidade esteve na Curuzu para assinar o contrato. Mas, para surpresa dela e minha, ninguém no clube sabia de nada. O presidente, não sei por qual motivo, não passou a informação aos seus subordinados', contou.
Um comentário:
Quer dizer que so o presidente marcar o amistoso pro deputado fazer política entao o presidente pode sumir com o dinheiro da academia que o deputado fica sem cobrar? Só eu acho isso um afronto?
Postar um comentário