quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Temperatura sofre aumento

No AMAZÔNIA:

A sensação de que o calor que tem invadido Belém é mais forte que de costume não é apenas uma simples impressão. Estudos do Instituto de Meteorologia do Pará (Inmet) mostram que a temperatura na cidade está dois graus acima do esperado para o período. Para se ter uma ideia, no último dia 12 de novembro, a temperatura em Belém atingiu seu ápice com 34,8º. E os paraenses que se preparem: a previsão é de que as altas temperaturas se estendam até o final de dezembro.
Segundo o Inmet os próximos dias serão sem chuva, com muito calor, radiação ultravioleta máxima e baixíssima umidade. Uma combinação provocada pelos efeitos do fenômeno El Niño, que vai continuar ativo por longos seis meses e será responsável por causar um período bem mais seco.
'Por conta do El Niño os raios solares estão inibindo a formação das nuvens, que trazem as chuvas, e também aumentando as horas de brilho solar, o que faz com que a temperatura fique acima da média. E a previsão é de que o clima continue assim até o final de dezembro, quando as chuvas devem voltar a cair com mais intensidade e frequência', explicou a chefe do departamento de previsão do tempo do Inmet, Aylce Ferreira.
Estas alterações, explica ela, tem feito com que a temperatura da cidade, que em média é de 32º, fique dois graus acima do esperado. E o resultado que muitas pessoas já estão sentindo na pele é de que Belém - que é conhecida por ser uma cidade de clima quente e úmido - esteja mais seca nos últimos dias. A umidade relativa do ar, por exemplo, caiu de 83% para 70% desde o início de novembro.
'Para a quantidade de chuvas que normalmente caem tem chovido pouco em Belém, quando chove é em forma de pancadas rápidas, o que tem feito com que a sensação de calor que as pessoas têm seja muito maior', disse.
Uma situação que vem se repetindo em todo Estado. Apenas na região sul do Pará - em especial nos municípios de São Félix, Redenção e Conceição do Araguaia - que as chuvas já começaram a cair com uma frequência maior, segundo a especialista.
A onda de calor tem feito com que muitos moradores se cerquem de alguns cuidados ao sair às ruas. A técnica de enfermagem Leila Pinho, por exemplo, não dispensa as roupas mais leves e a sombrinha ao sair de casa. 'Está fazendo calor como nunca. A cidade está muito quente, no horário de 14 horas, não tem condições de sair se não for com sombrinha', afirmou.
Já a farmacêutica Elaine Tavares, de 27, não abre mão do protetor solar e nas horas do aperto até o caderno serve de escudo para o sol ao caminhar nas ruas. 'O calor incomoda muito', disse.

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