quarta-feira, 4 de novembro de 2009

“Saudade, só sinto dele, do meu pai”

No AMAZÔNIA:

Verequete passou as últimas três décadas de sua vida ao lado da mulher, Josenilda Pinheiro da Silva, 52, mais conhecida como Dona Cenira. Os dois tiveram uma filha, Lucimar, 25. Verequete teve quatro filhos do primeiro casamento e um deles, Augusto Carlos, 43, integra o lendário grupo O Uirapuru, que acompanha Verequete desde o início da carreira.
Cenira é quem ajudava o marido nas entrevistas e o acompanhou em seus últimos projetos, entre eles, 'Verequete: o Rei dos Tambores', da musicóloga Laurenir Peniche, bancado pela Vale, e que rendeu ao artista R$ 11 mil, usados na reforma do único imóvel da família.
Cenira e Verequete se conheceram em 1975. Ela tinha 18 anos e era garçonete de uma boate no bairro do Telégrafo, em Belém, que na ocasião contratou o cantor e seu grupo. 'Ele foi meu primeiro namorado sério', gostava de dizer Cenira. Os dois foram morar juntos. 'Eu já era separado. Ela se meteu no grupo e eu peguei amor a ela', contou Verequete. O casal foi contratado pelo dono da boate Havaí 50, onde morou até 1982, quando Cenira ficou grávida.
O gosto pelo carimbó acabou levando o neto do músico Felipe, 17, a fazer parte do grupo O Uirapuru. 'Sou cantor desde criança, aprendi com o meu pai, que botava pássaro e boi em Ourém', disse ele em uma entrevista. A figura paterna era sua melhor recordação. 'Saudade, só sinto dele, do meu pai que já morreu. Era ele quem dava todos os caminhos da minha vida', disse.

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