quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Preso desembarca em Belém

No AMAZÔNIA:

Já está em Belém o último envolvido num assalto milionário ocorrido em agosto do ano passado, no qual foram roubados mais de R$ 3 milhões de um carro forte da empresa Fiel. George Pinheiro da Silva, de 31 anos, um dos seguranças da empresa na época do assalto, desembarcou às 7h10 de ontem no Aeroporto Internacional de Val-de-cães, num voo doméstico, acompanhado de policiais fortemente armados. Do aeroporto, o ex-segurança foi levado para a Delegacia do Marco, sede do GPM, onde prestaria seu depoimento.
George foi preso em Fortaleza (CE), no último domingo. Durante os 14 meses e meio em que esteve foragido, ele diz ter gasto tudo o que lhe coube na partilha do dinheiro roubado, cerca de R$ 1,1 milhão. Para tentar despistar a polícia, George chegou a fazer uma cirurgia plástica no nariz assim que chegou em Fortaleza, dias depois do assalto em Belém.
A prisão aconteceu graças ao trabalho de uma equipe do Grupo de Polícia Metropolitana (GPM), liderada pelo delegado Eder Mauro, com o apoio de outra equipe do Grupo de Pronto Emprego (GPE), também da Polícia Civil do Pará. Na noite do último domingo, logo após entrar numa boate de forró da praia de Cumbuco, em Fortaleza (CE), acompanhado de uma namorada, George foi abordado pela polícia. 'Quando nós nos identificamos como policiais de Belém e demos voz de prisão, ele ficou apenas surpreso. Não esboçou nenhum tipo de reação', comentou o delegado Eder Mauro. George foi escoltado até a Delegacia de Roubos e Furtos do Ceará, onde ficou detido até embarcar para Belém.
Detalhes - Ontem, ao falar com a imprensa, o preso confessou o crime. No dia 29 de agosto do ano passado, George saiu de uma agência do Banco do Brasil liderando a equipe responsável pelo carro-forte onde seriam transportados R$ 3,250 milhões para a sede da empresa Fiel. No meio do percurso, ele fingiu estar passando mal e pediu aos colegas que o levassem para sua residência, na passagem São Sebastião, próximo à avenida João Paulo II, no Marco. Ao estacionar em frente à casa, o carro-forte foi rendido por um grupo de homens armados e saqueado. Os assaltantes fugiram num veículo de passeio, levando George junto com eles. Desde então, o funcionário da Fiel passou a figurar como suspeito de ter tramado toda a ação.
Prisões - O primeiro integrante da quadrilha a ser capturado era conhecido como 'Beto Yamada'. Após cerca de um mês preso, ele foi assassinado dentro do presídio, supostamente a mando de outro integrante da quadrilha, Valdevino do Espírito Santo Pinheiro e Pinheiro, de 30 anos, que ainda estava foragido. Pouco tempo depois, Valdevino também foi capturado, juntamente com Israel Gama Soares, 29. Os dois permanecem presos até hoje. 'Faltava apenas o George, o único entre os quatro que não tinha um perfil de assaltante profissional foi o que mais tempo passou foragido', observa o delegado Eder Mauro.
Investigações - Nos mais de 14 meses em que George esteve desaparecido, a polícia usou a internet como principal fonte de informações sobre ele. 'Ele não usava celular. Mas pelo Orkut foi possível acompanhar sua movimentação. Estivemos três vezes em Fortaleza atrás de informações. Numa dessas, localizamos alguém que o conhecia de vista e que nos informou o bairro onde ele morava e a praia que frequentava', conta Eder Mauro.

4 comentários:

Anônimo disse...

Aqui entre nós, acho uma falha da polícia divulgar detalhes de como se processou a linha de investigação como internet e etc.
Não estaria "entregando" graciosamente aos bandidos uma linha de inteligência que proximamente lhe criará mais dificuldades nas investigações?
Fica a indagação.

Anônimo disse...

Amigo, uma curiosidade: por que sempre reproduzes as matérias do Amazônia? Fica tão exaustivo e sem função, se me permites. Se ainda fossem reportagens que não se acessa cotidianamente, com enfoques diferenciados...
Ou ainda que fossem essas, mas se publicasses para um comentário teu, "vá lá". Gosto do teu blog, mas isso me enfada... rodo, rodo a barrinha até chegar num post com tuas opiniões...
abs

Anônimo disse...

É isso que acontece no BR com quem quer roubar milhões sem ter que passar pela política. Se fosse deputado estadual, federal, senador ou do Executivo ele além de pegar na mão grande o dinheiro público tinha direito a carros de luxo, casarão, empregados, cartão corporativo etc etc. Bem, mais ainda ainda tem uma saída, se tiver dinheiro roubado pra pagar advogado e juiz sem vergonha, logo logo estará nas ruas pra roubar e e quem sabe entrar numa igreja e representá-la no poder legislativo.

Poster disse...

Anônimo,
1. As postagens são do Amazônia porque trazem notícias locais.
2. São apenas dez - a cada dia - e estão disponíveis só no início de cada madrugada.
3. No restanto, são opiniões, informações do próprio e postagens outras consideradas relevantes.
Abs. e obrigado pelas críticas.
Abs.