sábado, 21 de novembro de 2009
Puty reclama da “animosidade” dos veículos de Jader
Está no ar a terceira parte da entrevista com o chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, que o blog Artban vem publicando.
As duas primeiras partes estão aqui.
Na continuação da entrevista, Puty reforça que é intenção do PT manter a aliança com o PMDB do deputado federal Jader Barbalho, mas reconhece que a convivência entre os dois lados tem sido, digamos, meio tumultuada – para dizer o mínimo.
Diz Puty:
Existe um grau de animosidade muito grande por parte do Diario do Pará, da RBA em relação ao nosso governo. A governadora, nas conversas que teve com o deputado Jader, já fez essa reclamação. A resposta do deputado tem sido a de que ele não tem um nível de controle sobre seus meios de comunicação por terem um grau da autonomia em relação às suas vontades, à sua orientação política.
Doutor Puty, a governadora não acreditou muito nisso, não é?
Nem o senhor, não?
Pois é.
Cliquem aqui para ler a terceira parte da entrevista.
Ou então assistam pelo YouTube, acima.
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3 comentários:
Escancarou geral. Quer dizer que a governadora reclamou do noticiário do Diário? Ponto para o Diário. E ponto para a reposta do deputado Jader. O que mais ele poderia dizer: a partir de amanhã só vamos dar boas notícias?
Não sejamos ingênuos. É claro que os jornais locais refletem a política de seus aliados e em razão disso não temos aqui matérias investigativas, aquelas que vão buscar o que está embaixo do tapete, mas como deixar de noticiar o que está na cara de todos?
Não entendi... Eles querem que o Diário do Pará noticie que a Ana Júlia é uma excelente governadora e que o Puty é um brilhante articulador? É isso ou entendí errado???
O secretário Cláudio Puty foi ingênuo ao admitir publicamente as queixas da governadora que Ana Júlia fez contra a cobertura do Diário do Pará. De lambuja, deu ao deputado Jader Barbalho a oportunidade de vender publicamente a suposta independência de seu jornal frente a seu projeto político. Sejamos honestos nem sempre isso corresponde à realidade. Basta ver a discrição com que as lambanças de Juvenil na Assembléia têm sido tratadas na folha dos Barbalhos (pelo não deixaram de se publicadas o que já é um avanço).
Verdadeira ou falsa a declaração de Jader deve servir para animar repórteres, e editores, afinal não é todo dia que um dono de jornal sai por ai dizendo que o veículo tem autonomia mesmo pra apontar falhas num governo aliado. Essas tentativas de cerceamento dos jornais pelos governos de plantão são rotina em todas as administrações, mas divulgar isso é falta de cortesia com a redação. Gera antipatias. Quando os governos vão aprender que mesmo submetidos à vontade dos donos, as redações são sempre uma trincheira de luta pelo jornalismo isento? Com algumas exceções, esses profissionais têm um nome a zelar, independente do veículo para onde trabalham
Manter boas relações com os donos dos jornais é importante, obviamente, mas conquistar a redação com atitudes de respeito também.
Manter boa relação com donos do trabalho é sempre muito prudente, mas é preciso ir além. Para isso, bastam boas pautas, informações com credibilidade e um pouquinho de respeito.
Fácil não?
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