sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Papão dá vexame na Curuzu

No AMAZÔNIA:

Jogando um futebol abaixo da crítica, o Paysandu decepcionou sua torcida no primeiro amistoso da 'Era Nasareno Silva' disputado no estádio da Curuzu. O empate sem gols com a seleção de São Caetano de Odivelas não foi nem de longe a 'revanche' pretendida pela diretoria do clube, ainda engasgada com a derrota por 3 a 1, no amistoso do dia 4 de outubro, naquele município. De tão sofrível que foi o futebol apresentado pela nova equipe alviceleste, que ao final da partida a torcida protestou junto ao alambrado, vaiando e exigindo providências da diretoria. Até uma faixa cobrando profissionalismo na administração do clube apareceu nas arquibancadas.
O novo time bicolor, que pela primeira vez jogou no 4-4-2, pareceu ter esquecido as atuações baseadas na garra e determinação que marcaram os amistosos disputados recentemente no Oeste do Pará, em que pese também não ter apresentado um grande futebol naquelas partidas.
Antes da torcida perceber que seu time iria jogar mal, o Papão quase abriu o placar logo na saída. Rafael lançou Robert na esquerda e o atacante chutou cruzado para as chegadas de Humberto e Eanes. A zaga interiorana, no entanto, afastou o perigo com um chutão. Depois desse lance, a torcida se empolgou e passou a apoiar sua equipe cada vez que ela chegava ao ataque. Mas com o passar dos minutos, todos no estádio foram notando a falta de entrosamento do novo time alviceleste. Os jogadores cometiam inúmeros erros de passe, sem conseguir finalizar.
O atacante Eanes passou a maior parte do tempo isolado na frente, enquanto Robert não se movimentava, facilitando a marcação do adversário. Outra falha da equipe da casa foi a falta de qualidade no apoio dos alas Cláudio Allax e Wagner. Os dois até que chegavam até a linha de fundo, mas os cruzamentos nunca acertavam seu alvo.
Mas a grande decepção da etapa inicial foi mesmo o meio-de-campo. Jogando com três volantes - Janderson, Rafael e Tácio -, esperava-se que o armador Humberto fosse o responsável pela criação de jogadas. No entanto, o meia não criou nada na primeira etapa. Para irritação dos torcedores, errava até passes de cinco metros. O lance de maior perigo da primeira etapa ocorreu apenas aos 39 minutos, em um chute de Cláudio Allax que acertou a trave direita do goleiro Fábio. E foi só.
Depois de ouvir as primeiras vaias mesmo antes do término do primeiro tempo, o técnico Nasareno Silva resolveu mudar a equipe para a etapa final. Jhulian e Zé Augusto entraram nos lugares de Humberto e Robert. As mudanças causaram efeito. Jhulian conseguiu melhorar a aproximação do meio-campo ao ataque, que passou a criar mais jogadas de perigo. Aos 17, o próprio atacante recebeu bola na entrada da área, girou e bateu forte acertando o poste esquerdo. Já aos 30 foi a vez de Zé Augusto aproveitar bobeira da defesa adversária e acertar a trave.
Mas como o placar permaneceu inalterado até o apito final, a torcida não perdoou e vaiou muito o time na saída de campo. O técnico de São Caetano de Odivelas, Pindoba, não quis nem saber disso e fez sua festa particular no gramado da Curuzu. 'Fizemos quatro pontos contra o Paysandu. Estamos classificados', brincou, logo depois de rezar o Pai-Nosso e a Ave-Maria junto aos seus comandados.

Um comentário:

Anônimo disse...

O bicola "melhorou sensivelmente"!
Criou enormes dificuldades para o Real Madri, digo, Clube dos Caranguejeiros de S.Caetano.
Não foi fácil a "classificação" do timaço da terra dos crustáceos.
O empate foi digno das glórias bicolinas..hehehe