No AMAZÔNIA:
As obras no Espaço da Palmeira, no comércio, estão na reta final. Segundo a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), o local que servirá de camelódromo, alojando 378 vendedores informais, será entregue à população belenense no final deste mês. Mas, um acordo entre a Secretaria Municipal de Economia e Ministério Público, que atendia ao pedido da Associação dos Trabalhadores Informais do Centro Histórico, os ambulantes só devem ser remanejados na primeira quinzena de janeiro. Entre os camelôs, que acompanham passo a passo a obra, a mudança ainda tem gerado muitas dúvidas e preocupações. Por isso, a maioria prefere permanecer no local que atua durante todo o período de Natal e Ano Novo, que são as datas de maior movimento no comércio.
'Estamos atendendo um pedido deles. No momento que os trabalhadores fizeram a proposta, inclusive com a presença do promotor Marco Aurélio, de permanecerem no local até as festas de fim de ano, não encontramos problema', explicou a diretora de Vias Públicas da Secon, Celina Oliveira.
A ambulante Márcia Cristina Medeiros, de 39 anos, revela que não queria se deslocar do espaço que ocupa atualmente. 'Todo mundo conhece o nosso lugar. Para nós que estamos aqui não é viável. Mas como é preciso, vamos sair', lamenta. Marcos Seixas afirma que a mudança ficará só para janeiro por causa de atrasos na obra. 'Na minha opinião, não é por causa da gente. Se a obra estivesse pronta, iriamos logo para lá', garante. No entanto, trabalhando há 14 anos como camelô na Manoel Barata, Marcos também demostra preocupação em relação ao novo espaço que irá ocupar a partir de janeiro. 'A gente não sabe qual o número de pessoas que vai passar por alí. Acho que deveria ter mais atrações para o público. Quem já está enraizado, fica um pouco temeroso, porque a gente já tem a nossa freguesia', justifica.
Outra questão que preocupa os ambulantes diz respeito ao local que eles vão ocupar dentro do Espaço da Palmeira. 'Quem ficar na parte da frente vai estar melhor que os outros', diz Marcos Seixas. De acordo com Raimundo Heleno, presidente da Associação dos Trabalhadores Informais do Centro Histórico, 48 ambulantes que estão na Manoel Barata terão prioridade e ficarão posicionados de frente para a rua. O restante, em especial aqueles que ocupavam a avenida Presidente Vargas, terão o seu lugar definido através de sorteio. 'Esses, que estão tendo prioridade, estão ali na rua há 15 anos, quando ainda era Buraco da Palmeira e quando a Presidente Vargas ainda nem era ocupada. Por isso eles têm prioridade', justifica.
O prazo para cadastramento dos ambulantes já se encerrou. Celina Brito, da Secon, garante que, se algum vendedor informal que fez o cadastro não encontrar seu nome no banco de dados do órgão, basta se dirigir a Secon com o comprovante de pagamento à prefeitura do espaço que ocupa atualmente.
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