No AMAZÔNIA:
Um adolescente de 17 anos foi morto com seis tiros no início da tarde de ontem, no bairro do Tapanã. A boa fama da vítima em meio à vizinhança fez o caso ficar ainda mais estranho para a polícia desvendar. Nesse primeiro momento, até a hipótese de que ele tenha sido assassinado por engano tem sido levada em consideração. O mais curioso é que a família do rapaz não esperou a chegada da perícia, que deveria fazer o levantamento no local e a remoção do corpo para o Instituto Médico Legal (IML). Logo após o crime, o cadáver do jovem foi levado para casa, onde os parentes iniciaram um velório improvisado até a chegada de agentes do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.
O rapaz estava na frente de um bar no loteamento Jardim Primavera, no conjunto Cordeiro de Farias, a poucos metros da casa onde morava, quando foi abordado por dois homens em uma motocicleta prateada e sem placa. De acordo com o apurado pelo tenente Nolasco, da Polícia Militar, a dupla de motoqueiros revistou a vítima antes de efetuar os disparar. Essa informação também leva a polícia a não descartar a hipótese de latrocínio.
Os motoqueiros, sem capacete, fugiram após o crime. Imediatamente, familiares foram avisados e retiraram o corpo da travessa Maria Quitéria, para evitar olhares de curiosos. Nenhum parente quis falar com a imprensa sobre o assunto. Até entre os conhecidos era difícil obter informação. Uma amiga da vítima, que não quis se identificar por medo dos bandidos, disse que o adolescente estudava à noite na escola Gabriel Lage, localizada no próprio loteamento. 'Ele não era envolvido com drogas, roubos nem se metia em confusão', diz a moça, confirmando a informação da polícia. Quando às circunstâncias do crime, ela prefere se omitir, assim como a vizinhança. 'Eu ouvi os tiros, mas não quero falar nada sobre isso', completa.
Segundo o tenente Nolasco, até ontem não havia suspeitos da autoria do crime. 'Para a gente, até agora, está uma situação diferente porque o menor tem boa fama por aqui. Para completar, a família ainda retirou o corpo do local antes da nossa chegada', lamentou o policial militar.
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