No AMAZÔNIA:
A ação dos bandidos no perímetro começou a ser monitorada há poucos meses por um sistema de câmeras instalado pelo Centro Integrado de Operações (Ciop). Os aparelhos foram instalados na esquina da passagem São Benedito com a Pedro Álvares Cabral, onde há um semáforo; as imagens reveladas a partir daí ganharam destaque na imprensa por mostrar a audácia dos assaltantes. Assaltos e arrastões a qualquer hora do dia viraram rotina no local. 'A verdade é que eles agem a qualquer hora e sem medo de serem flagrados. Foi isso que identificamos a partir do monitoramento por câmeras. Com a instalação desses instrumentos na esquina da São Benedito, no entanto, os criminosos mudaram para as esquinas da passagem Santa Rosa e da Ponte do Barreiro, um pouco mais a frente', assinala Cabral.
Segundo o delegado, o trabalho conjunto da PC e da PM resultou em um mapeamento dos pontos de maior incidência criminosa nos arredores da Pedro Álvares Cabral. Porém, pesa contra as investigações o fato de que muitas vítimas de assalto hesitam em registrar ocorrência na polícia. É por conta disso que não há estatísticas oficiais sobre a insegurança na via. Fora os pontos de assalto já citados, há de se destacar a 'Ponte do Jacaré', na rodovia Artur Bernardes, e praticamente toda a extensão do Canal São Joaquim, onde dezenas de assaltos são praticados em escala semanal. Em todos os casos, há passagens e becos que ligam as vias aos esconderijos dos bandidos, o que complica a vida dos policiais à hora de fazer uma prisão em flagrante.
Mesmo assim, Sérvulo Cabral reforça que a impressão de que haveria grupos organizados atuando nessas áreas não corresponde à realidade. 'A verdade é que estamos lidando com a ação fragmentada de vários criminosos, e não com uma organização ou facção. Os ladrões simplesmente se concentram naquelas áreas pela praticidade e pela grande quantidade de vítimas; porém, não combinam suas ações. No caso da Pedro Álvares Cabral, isso ocorre pelo fato de a avenida ter vários acessos a becos e passagens, bons pontos de escape', diz. 'Infelizmente, o resultado é um sub-aproveitamento da via pelos motoristas. Muita gente deixa de utilizá-la com medo de ser vítima de crimes, mesmo em horários de pico', reconhece o diretor da Seccional da Sacramenta.
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